Nova simulação lança luz sobre BURACOS NEGROS supermassivos em espiral
Esta animação gira 360 graus
em redor de uma versão "parada no tempo" da simulação e no plano do
disco.Crédito: Centro de Voo Espacial Goddard da NASA
Pela primeira vez, uma nova
simulação de computador que incorpora completamente os efeitos físicos da
teoria da relatividade geral de Einstein mostra que o gás em tais sistemas irá
brilhar predominantemente no ultravioleta e em raios - X. Por norma, cada galáxia
com o tamanho da nossa Via Láctea ou maior contém um monstruoso buraco negro no
seu centro. As observações mostram que as fusões de galáxias ocorrem com
frequência no Universo mas, até agora, ninguém viu uma fusão destes gigantescos
buracos negros.
" Sabemos que as
galáxias com buracos negros supermassivos centrais se fundem regularmente no
Universo, mas só vemos uma pequena fração de galáxias com dois perto dos seus
centros, " comenta Scott Noble, astrofísico do Centro de Voo Espacial Goddard
da NASA em Greenbelt, no estado norte - americano de Maryland. Os cientistas
detetaram a fusão de buracos negros de massa estelar - que variam entre cerca
de 3 a várias dúzias de massas solares - usando o LIGO ( Laser Interferometer
Gravitational - Wave Observatory ) da NSF ( National Science Foundation ).
Uma razão pela qual os
observatórios terrestres não podem detetar ondas gravitacionais destes eventos
é porque a própria Terra é demasiado barulhenta, tremendo com vibrações
sísmicas e mudanças gravitacionais decorrentes de perturbações atmosféricas. Os
detetores têm que estar no espaço, como a missão LISA ( Laser Interferometer
Space Antenna ) da ESA, com lançamento planeado para a década de 2030. Como
faróis, os pulsares emitem feixes regulares de luz que passam pela nossa
perspetiva da Terra enquanto giram.
Mas os binários supermassivos
perto da colisão podem ter uma coisa que os binários de massa estelar não têm -
um ambiente rico em gás. Os cientistas suspeitam que a explosão de supernova
que produz um buraco negro estelar também afugenta a maior parte do gás
circundante. O buraco negro consome o pouco que resta tão rapidamente que não
sobra muito para brilhar quando a fusão acontece. Por outro lado, os buracos
negros supermassivos resultam de fusões de galáxias. Cada buraco negro
supermassivo traz com ele uma comitiva nuvens de gás e poeira, estrelas e
planetas.
" É muito importante
prosseguir de duas formas, " afirma a coautora Manuela Campanelli,
diretora do Centro para Relatividade e Gravitação Computacional do Instituto de
Tecnologia de Rochester, em Nova Iorque, que iniciou o projeto há nove anos.
" A modelagem desses eventos requer ferramentas computacionais
sofisticadas que incluem todos os efeitos físicos produzidos por dois buracos
negros supermassivos que se orbitam um ao outro a uma fração da velocidade da
luz.
A nova simulação mostra três órbitas de um par de buracos negros
supermassivos a apenas 40 órbitas da fusão. Os modelos revelam que a luz
emitida neste estágio do processo de fusão pode ser dominada pela radiação
ultravioleta com alguns raios - X altamente energéticos, semelhante ao que é
visto em qualquer galáxia com um buraco negro supermassivo bem alimentado.
Fonte: Astronomia OnLine
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