O universo pode estar cheio de estrelas feitas de matéria escura
Cientistas
russos acabaram de teorizar um dos objetos mais bizarros que podem existir no
universo. Mas como objetos como estes poderiam estar escondidos da vista dos
cientistas por tanto tempo ? Teoricamente, ao contrário das estrelas normais,
estas chamadas estrelas de áxions ( partícula hipotética que pode formar a
matéria escura ) não brilham. Teorias diferentes predizem que os áxions têm uma
ampla gama de massas, mas, no geral, espera - se que sejam extremamente leves –
milhões de vezes mais leves do que os prótons, por exemplo. A teoria diz que,
se existirem, os áxions dificilmente interagem uns com os outros.
Em
uma estrela de áxions, ou em uma estrela de bósons, cada áxion estaria no nível
de energia mais baixo, significando que a estrela inteira teria o mesmo
comportamento quântico, como se fosse uma única partícula gigante. Um objeto
tão exótico também é conhecido como um condensado de Bose - Einstein, um tipo
de matéria que os físicos criam em laboratórios na Terra, resfriando átomos até
quase o zero absoluto.
Segundo
Dmitry Levkov, físico do Instituto de Pesquisas Nucleares da Academia Russa de
Ciências e co - autor do estudo, acreditava - se que a gravidade entre os
áxions seria muito fraca para que estas partículas se juntassem. Levkov
explica, em matéria publicada no site Live Science, que áxions pesados,
chamados áxions QCD, poderiam levar 1 bilhão de anos para formar uma estrela.
Porém, áxions leves, cerca de 100 quadrilhões de vezes mais leves do que áxions
QCD e chamados de “ matéria escura difusa ” poderiam levar apenas 10 milhões de
anos para construir uma estrela de áxions.
As
simulações chegaram a mostrar a estrela de áxions se formando. “ Ficamos muito
animados quando vimos a estrela de Bose - Einstein ”, diz Levkov na matéria do
Live Science. Com o tempo, essa estrela hipotética poderia continuar a acumular
áxions e crescer. Começamos a partir de um estado virializado com mistura
máxima, que é um pouco oposto ao condensado de Bose - Einstein. Levkov e seus
colegas concluíram que o condensado de Bose - Einstein pode se formar nos
centros de halos de galáxias anãs em um período de tempo menor que o tempo de
vida do universo – o que significa que as estrelas de áxions podem existir
atualmente.
O
Live Science conversou com especialistas que não estiveram envolvidos no estudo
para medir a importância da descoberta, e todos afirmaram que este é um passo
importante para entendermos a natureza da matéria escura. É um importante
trampolim para entender a história de tais objetos e, em geral, o áxion da
matéria escura ”, complementa Sebastian Baum, físico da Universidade de Estocolmo,
na Suécia.
Fonte: Daily Mail
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