Telescópio Hubble divulga imagem inédita de nebulosa do Caranguejo do Sul
O telescópio Hubble divulgou
nesta quinta-feira (18) uma imagem inédita da nebulosa do Caranguejo do Sul
para comemorar seus 29 anos no espaço.
A nebulosa é um dos muitos
objetos que o Hubble desmistificou ao longo dos anos no espaço. Segundo o
comunicado da Nasa e da Agência Europeia Espacial (ESA, na sigla em inglês), a
nova imagem aumenta a compreensão sobre a nebulosa e demonstra as capacidades
continuadas do telescópio.
Todo ano, para comemorar seu
“aniversário”, o telescópio divulga uma nova imagem de seus objetos de estudo
no espaço que sejam bonitos e significativos.
Par
de estrelas forma a nebulosa
A nebulosa do Caranguejo do
Sul tem estruturas aninhadas em formato de ampulheta e foi criada pela
interação entre um par de estrelas no seu centro. O par desigual consiste em
uma estrela gigante vermelha e uma estrela anã branca.
Uma estrela anã é pequena
para ser qualificada como estrela, ou seja, tem massa menor e raio inferior às
gigantes. É o tipo mais comum e o Sol é uma estrela anã. Já a estrela gigante é
uma estrela de raio e luminosidade maiores.
A gigante vermelha é uma
estrela luminosa em fase avançada da evolução estelar.
No caso da nebulosa do
Caranguejo do Sul, a estrela gigante vermelha está derramando suas camadas
externas na última fase de sua vida antes de também viver seus últimos anos
como uma anã branca. Parte do material que sai da gigante vermelha é atraído
pela gravidade da sua companheira.
De acordo com a ESA, quando
uma quantidade suficiente deste material é puxada para a estrela anã branca,
ela também ejeta o material para fora em uma espécie de erupção, criando as
estruturas da nebulosa. Eventualmente, a estrela gigante vermelha terminará
este processo de eliminar suas camadas externas e parará de alimentar sua
companheira. Antes disso, mais erupções podem ocorrer, criando estruturas ainda
mais complexas.
A nebulosa foi descrita pela
primeira vez em 1967, mas era considerada uma estrela comum até 1989, quando
foi observada com ajuda de telescópios. A imagem resultante mostrou uma
nebulosa extensa em forma de caranguejo, formada por bolhas simétricas de gás e
poeira.
Em 1999, o Hubble voltou a
fazer imagens da nebulosa revelando toda sua estrutura e sugerindo que o
fenômeno que criou as bolhas externas ocorreu duas vezes no passado astronômico
recente.
A nova imagem feita pelo
Hubble contribui para o estudo da história de um objeto ativo e em evolução.
Fonte: G1
Comentários
Postar um comentário
Se você achou interessante essa postagem deixe seu comentario!