Essa
semana, essa imagem aí acima chamou muito a atenção das pessoas. É possível ver
numerosos arcos cruzando a imagem e se concentrando em alguns pontos
específicos. Mas o que seria essa imagem? As rotas do tráfego aéreo do planeta?
A informação navegando pela internet? O funcionamento do cérebro humano? Campos
magnéticos nas regiões ativas do Sol?
Não,
nada disso.
Essa
imagem aí, é de fato, um mapa de todo o céu em raios-X, registrado por um
equipamento da NASA, chamado de Neutron star Interior Composition Explorer, ou
NICER. Esse equipamento, não é um satélite, ele fica acoplado à ISS, e nós
transmitimos o lançamento dele. O principal objetivo científico do NICER
necessita que ele aponte e rastreie as fontes cósmicas, à medida que a ISS
orbita a Terra, a cada 93 minutos. Mas quando o Sol se põe e a noite chega no
módulo orbital, a equipe do NICER continua mantendo seus detectores ativos
enquanto que o equipamento desliza de um alvo para o outro, o que pode ocorrer
até 8 vezes em cada órbita.
O
mapa mostrado inclui dados dos primeiros 22 meses de funcionamento do NICER.
Cada arca traça os raios-X, bem como sinais ocasionais de partículas
energéticas, capturadas durante o movimento noturno do NICER. O brilho de cada
ponto na imagem é um resultado dessas contribuições bem como o tempo que o
NICER gastou olhando naquela direção. Um brilho difuso permeia o céu em raios-X,
mesmo longe das fontes mais brilhantes.
Arcos
proeminentes se formam porque o NICER frequentemente segue a mesma passagem
entre os alvos. Os arcos se convergem em pontos que representam os destinos
mais populares do NICER, ou seja, a localização de importantes fontes de
raios-X que a missão regularmente monitora.
Esta imagem de todo o céu mostra 22 meses de dados de raios-X gravados pela carga Neutron da NASA (Interior Composition Explorer), a bordo da Estação Espacial Internacional, durante seus ataques noturnos entre alvos. Use o controle deslizante para identificar fontes importantes. O NICER frequentemente observa os alvos mais adequados à sua missão principal (pulsares de “raio de massa”) e aqueles cujos pulsos regulares são ideais para o experimento de Explorador de Estação para Tecnologia de Sincronismo e Navegação por Raios-X (SEXTANT). Um dia eles poderiam formar a base de um sistema semelhante ao GPS para navegar no sistema solar.Créditos: NASA / NICER
“Mesmo
com um processsamento mínimo, essa imagem revela o Cyggnus Loop, uma
remanescente de supernova com cerca de 90 anos-luz de diâmetro e que deve ter
entre 5000 e 8000 anos de vida”, disse Keith Gendrau, o principal pesquisador
da missão no Goddard Spacce Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland. “Nós
estamos gradativamente construindo uma nova imagem em raios-X de todo o céu, e
é possível que as varreduras noturnas do NICCER irão descobrir fontes
anteriormente desconhecidas”.
A
missão primária do NICER é determinar o tamanho das densas remanescentes de
estrelas mortas chamadas de estrelas de nêutrons, com uma precisão de 5%,
algumas delas que são vistas como pulsares. Essas medidas finalmente irão
permitir aos físicos resolver o mistério sobre qual é a forma de matéria que
existe nesses núcleos extremamente comprimidos. Os pulsares, estrelas de
nêutrons que giram rapidamente, que parecem “pulsar” são ideais para a pesquisa
e para as medidas de massa e raio e são alguns dos alvos regulares do NICER.
Outros
pulsares frequentemente visitados são estudados como parte do experimento
Station Explorer for X-ray Timing and Navigation Tecchnology, o SEXTANT do
NICER, que usa o tempo preciso da pulsação dos pulsares para automaticamente
determinar a posição e a velocidade no espaço do NICER. Isso é essencial para
um sistema de GPS galáctico. Quando madura, essa tecnologia irá permitir que as
sondas possam navegar de forma totalmente autônoma pelo sistema solar, e além.
Fonte: NASA
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