Sistema planetário mais próximo da Terra coleciona esquisitices


© Concepção artística do GJ 15 A c: 20 anos para orbitar sua pequena e fria estrela. Crédito: Nasa/God...

Os planetas GJ 15 A b e A c orbitam uma estrela anã vermelha a apenas 11 anos-luz de distância, o que os torna nossos vizinhos multiplanetários mais próximos – pelo menos entre os sistemas de exoplanetas descobertos até agora. Eles estão em um lote de 16 planetas adicionados em 10 de outubro ao Arquivo de Exoplanetas da Nasa, o que eleva o total de exoplanetas confirmados em nossa galáxia para 4.073.

Esses planetas têm diversas propriedades estranhas. O mais próximo da estrela, GJ 15 A b, leva apenas 11 dias para fazer uma órbita completa ao redor da anã vermelha. Ele pesa três vezes a massa da Terra, o que o coloca na categoria de “Super-Terra”. Também é bem quente: sua temperatura superficial atingiria 276 °C.

Seu irmão, GJ 15 A c, é muito diferente. É um gigante gasoso com massa 36 vezes maior que a da Terra e parece ter uma órbita de cerca de 20 anos em torno de sua pequena e fria estrela-mãe. Embora sua temperatura não seja conhecida, é provável que esteja bastante frio nesta órbita distante, talvez comparável à órbita de Saturno ao redor do Sol.

Órbita influenciada

Pelo menos a órbita do GJ 15 A c pode muito bem ter sido influenciada pela companheira distante da estrela-mãe, outra anã vermelha conhecida como GJ 15 B. Mas outras observações são necessárias para que se tenha certeza disso.

O GJ 15 A b foi relatado pela primeira vez em 2014, por uma equipe liderada por Andrew Howard, da Universidade do Havaí, e depois “refutado” porque outra equipe de astrônomos não conseguiu detectá-lo. O artigo mais recente “restabelece” o planeta com mais dados que apoiam a descoberta original de uma super-Terra em uma órbita de 11 dias.

Uma equipe liderada por Matteo Pinamonti usando o Telescopio Nazionale Galileo italiano, juntamente com dados de arquivo, foi a responsável pela descoberta do planeta c e pela confirmação do planeta b, anunciadas em um artigo publicado em 2018 na revista “Astronomy & Astrophisics”. A equipe se baseou no método de “oscilação” de detecção de planeta, ou velocidade radial, em que se mede o movimento sutil de vaivém de uma estrela quando ela é puxada de um jeito, depois de outro, pela gravidade de um planeta em órbita.

Fonte: MSN

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