A galáxia de Andrômeda engoliu várias galáxias anãs, segundo estudo
A galáxia de Andrômeda, localizada a cerca de 2,5 milhões de anos-luz da Terra, queima intensamente em luz ultravioleta nesta imagem tirada pelo Galaxy Evolution Explorer da NASA.
A Via Láctea e a galáxia de
Andrômeda são as maiores galáxias nesse canto do universo, e estão circundadas
por dezenas de galáxias menores, chamadas de galáxias anãs. Juntas, essa
comunidade cósmica foi apelidada pelos cientistas de Grupo Local.
Os astrônomos acreditam que
as maiores galáxias crescem atraindo e consumindo essas galáxias menores. Por
exemplo, existem pistas que a galáxia de Andrômeda engoliu uma galáxia anã na
nossa vizinhança a poucos bilhões de anos atrás.
Mas agora os pesquisadores
descobriram evidências de que a galáxia de Andrômeda na realidade passou por
dois grandes momentos de refeição momentos esses que foram separados por
bilhões de anos. A descoberta complica o passado de Andrômeda, fazendo com que
os astrônomos busquem por pistas dessas refeições.
Por décadas, os astrônomos
veem mapeando as regiões externas da galáxia de Andrômeda e procurado por
pistas dessas galáxias menores que forma engolidas. Fora da região central e
mais densamente povoada de estrelas, existe uma esfera mais difusa de estrelas
que os astrônomos chamam de halo estelar.
Os astrônomos têm apontado
poderosos telescópios para essa região externa da galáxia para mapear onde as
estrelas apagadas e distantes estão localizadas. Esses mapas detalhados revelaram
densas correntes de estrelas que se esticam através do halo galáctico. Os
pesquisadores já suspeitavam que eles eram as partes remanescentes das galáxias
anãs que foram engolidas por Andrômeda.
Com isso, pesquisadores de
várias partes do mundo se envolveram numa pesquisa detalhada dessa região. Eles
queriam ver se os movimentos de densos e esféricos aglomerados de estrelas,
chamados de aglomerados globulares, no halo da galáxia de Andrômeda poderiam
revelar o seu passado. Quando Andrômeda despedaça uma galáxia anã, o aglomerado
globular se mantém intacto, pois as estrelas estão muito empacotadas. Então, ao
estudar o movimento dos aglomerados globulares, é possível mostrar como as
galáxias anãs poderiam ter se movido se elas não fossem destroçadas por Andrômeda.
A equipe de pesquisadores
descobriu que muitos aglomerados globulares do halo galáctico estavam na
corrente deixada pelas galáxias anãs que foram consumidas. E pelo fato dos
aglomerados terem uma órbita similar ao redor do centro da galáxia, os
pesquisadores disseram que eles provavelmente mergulharam em Andrômeda
aproximadamente na mesma direção, o que pode ter acontecido a alguns bilhões de
anos atrás.
Mas os pesquisadores também
encontraram algo a mais. Numerosos aglomerados globulares com órbitas diferentes
daqueles encontrados nas correntes. Isso é um sinal que Andrômeda engoliu
outras galáxias anãs no passado. Esse episódio provavelmente aconteceu bilhões
de anos antes do que o outro.
O que foi deixado para trás
permite observar como essas refeições separadas aconteceram. Eventualmente isso
pode ter acontecido com a Via Láctea também e agora pode ser usado aqui na
nossa galáxia para descobrir o nosso passado.
Com tudo isso, os
pesquisadores irão conseguir construir de forma detalhada a história de como a
Via Láctea e a galáxia de Andrômeda cresceram com o passar do tempo.
Fonte: Astronomy.com
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