Cientistas observam o subterrâneo de Marte em busca de vida alienígena
A subsuperfície oferece um ambiente
protegido e possivelmente habitável.
O Centro de
Ciência de Astrogeologia do US Geological Survey (USGS) divulgou a localização
de mais de 1.000 candidatos à entrada de cavernas em Marte. Os pontos indicam a
localização de possíveis cavernas na região de Tharsis em Marte. (Imagem: ©
USGS)
Segundo cientistas que se
reuniram recentemente na conferência National Cave and Karst Research Institute
(Novo México, EUA), o melhor lugar para procurar vida em Marte é o subsolo,
especialmente cavernas subterrâneas profundas.
O novo – e mais sofisticado – rover da NASA, planejado para ser lançado
em alguns meses, pode ajudar na busca e coleta de amostras nesses locais, enviadas
mais tarde à Terra.
Água
estável
A superfície seca, gelada e
cheia de radiação de Marte é um ambiente certamente pouco propenso a vida. Por
outro lado, os pesquisadores creem que a subsuperfície do planeta, onde a água
pode ser estável, pode ser habitável.
É o que pensa Vlada
Stamenković, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
“A superfície de Marte é um
ambiente muito oxidante e com muita radiação, onde a água líquida não é
realmente estável por um longo período. É o pior lugar para procurar locais de
vida em Marte. As águas subterrâneas podem ser o único habitat para a vida em
Marte, se ainda existir hoje”, disse na conferência.
Cavernas
Existem crateras na
superfície de Marte onde o “teto” de um tubo de lava desabou parcialmente e
criou uma espécie de “claraboia”. A imagem acima mostra possíveis entradas para
1.000 dessas “cavernas” protegidas no subsolo.
Esses locais poderiam ser
excelentes pontos de partida para a busca de vida microbiana na Marte.
Aqui na Terra, pesquisadores
já encontraram evidências de atividade microbiana na forma de biofilmes, lodo e
minerais induzidos ou precipitados por bactérias nesses tipos de cavernas.
Existem algumas maneiras de
identificar este tipo de vida no Planeta Vermelho. Por exemplo, Kevin Webster,
cientista do Instituto de Ciência Planetária (EUA), está estudando o ar das
cavernas como uma bioassinatura, analisando a concentração de gases em cavernas
dos Estados Unidos.
Ao pensar nas cavernas de
Marte, Webster explica que uma assinatura biológica poderia vir na forma de
remoção de componentes reativos da atmosfera. “Bioassinaturas no ar oferecem
uma forma de procurar por vida que não depende da genética e que é ampla o
suficiente para abranger o funcionamento da vida mesmo que ela não compartilhe
nossa bioquímica”, disse.
Fonte: Hypescience.com
[Futurism, Space]
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