Você sabia que a Lua possui uma cauda, além de uma fina e breve atmosfera?

 Através de um filtro especial, Mercúrio e sua cauda de sódio são observados da Terra — a calda da Lua é semelhante, mas muito mais fraca (Imagem: Reprodução/Andrea Alessandrini)

A Lua tem cerca de um sexto da gravidade da Terra, mas essa força não é o suficiente para sustentar uma atmosfera como a do nosso planeta, rica em nitrogênio, oxigênio e dióxido de carbono — entre outros elementos. O que não significa que o nosso satélite natural não seja capaz de segurar partículas de poeira que são lançadas quando um meteoro impacta a superfície lunar. Assim como o planeta Mercúrio, a Lua possui uma cauda de sódio que se forma quando os ventos solares varrem sua fina e temporária atmosfera — boa parte formada por poeira de regolito.

É muito fácil concluirmos que a Lua é “sem ar”, afinal, sua baixa massa não garante uma gravidade suficiente para segurar gases ou partículas como a Terra. Além disso, sua aparência deserta e suas crateras milenares conservadas pelo tempo também nos dizem que, por lá, não existe uma atmosfera que cause o desgaste da superfície por meio das intempéries. Mesmo após mais de 50 anos do pouso da missão Apollo 12, as marcas das atividades espaciais dessa e das missões seguintes permanecem intocáveis por lá.

Apesar disso, nosso satélite natural possui uma tênue e temporária camada atmosférica formada pelo impacto de meteoros na superfície lunar que lançam partículas de regolito — uma rocha lunar que fica entre a areia e a poeira. O menor dos impactos é capaz de levantar um grande número dessas partículas. Tanto a Terra quanto a Lua são constantemente atingidos pelos ventos solares. Não fosse o forte campo magnético de nosso planeta, a sua atmosfera seria varrida por este intenso fluxo de partículas altamente energéticas, ao contrário da Lua, que continua a perder sua fina camada de poeira. 

Quando um átomo é atingido por uma partícula carregada vinda do Sol, ele é ionizado, ou seja, acelerado. Na Lua, as partículas aceleradas pelos ventos solares começam a escapar com mais facilidade de sua fraca atração gravitacional. É justamente isso o que forma a “cauda” lunar, formada por átomos de sódio que são expulsos da superfície para longe do Sol.

Quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, a cauda de sódio interage com a gravidade do planeta, que, por sua vez, focaliza esse fluxo para um mesmo ponto. Todo mês, durante a fase nova, é possível observar, com equipamentos adequados, a "mancha" de sódio lunar.

Enquanto meteoros atingem a Terra e, graças à atmosfera, provocam as chuvas de meteoro ao longo do ano, na Lua esse mesmo fluxo de detritos é responsável por criar a maior parte da atmosfera lunar, a qual é posteriormente varrida pelos fortes ventos solares

Fonte: Canaltech.com.br

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