Hubble registra galáxias em colisão a mais de 100 milhões de anos-luz da Terra
A mais de 100 milhões de anos-luz da Terra, o sistema Arp 91,
localizado na constelação da Serpente, é formado pela dança gravitacional de
duas galáxias espirais. Graça às imagens obtidas pelo Telescópio Espacial
Hubble, combinadas a outros dados, a colisão cósmica é observada em toda sua
beleza de cores e formatos, revelando parte da evolução das galáxias.
O sistema Arp 91, conhecido como KPG 468 e descoberto em 1784 pelo
astrônomo britânico William Herschel, é formado por duas galáxias espirais. A
primeira, vista quase no centro da imagem, é chamada NGC 5953 e, logo acima e
em formato oval, está a NGC 5954. O formato de ambas é parecido com o da Via
Láctea, mas a maneira como estão posicionadas em relação à Terra as fazem
parecer diferentes.
A nova imagem é o resultado de uma série de dados combinados. Além do
Hubble, foi utilizado o Victor M. Blanco, um telescópio de 4 metros localizado
no Chile, além do Sloan Digital Sky Survey (SDSS). “A NGC 5954 está sendo
claramente puxada para a NGC 5953 — parece que está estendendo um braço espiral
para baixo”, ressaltam os pesquisadores envolvidos.
O encontro de galáxias é muito comum pelo universo e fornece pistas
cruciais sobre a evolução dessas enormes estruturas cósmicas. Os astrônomos
acreditam que a colisão entre elas leve à formação de outro tipo de galáxia, a
elíptica — processo este que leva centenas de milhões de anos para se
completar.
Inclusive, o sistema Arp 91 revela um pouco do futuro da nossa própria
galáxia com sua vizinha Andrômeda, que estão em rota de colisão. Dentro de
alguns bilhões de anos, o encontro delas formará a galáxia elíptica
Androláctea.
Fonte: sci-news.com
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