Universitária mineira descobre novo asteroide e é certificada pela Nasa
A graduanda de física Laysa
Peixoto Sena Lage, de 18 anos, encontrou a rocha espacial ao analisar imagens
de um projeto da agência espacial norte-americana
Aos 18 anos de idade, a jovem
estudante Laysa Peixoto Sena Lage descobriu, em agosto, um novo asteroide. A
rocha espacial foi batizada de LPS 003 – nomenclatura que contém suas iniciais–
e foi reconhecida pela Nasa.
A moradora de Contagem, parte da região metropolitana de Belo Horizonte (MG), sempre estudou em escola pública e atualmente está cursando o 2º período de física na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela se inscreveu no início deste ano em um projeto de “caça a asteroides” da agência espacial norte-americana, realizado em parceria com a The International Astronomical Search Collaboration.
Apaixonada por estrelas, Laysa trabalhou analisando imagens de computador em sua casa. “Eu vejo as imagens pelo telescópio e estudo o sistema solar por um instituto no Havaí. Analiso pixel por pixel da imagem, percebo algumas características e valores”, relata Lage em entrevista ao G1.
A aluna integrante do Observatório Astronômico da UFMG recorda que enviava relatórios para a equipe da Nasa, que comprovou a existência do asteroide. Por enquanto, a rocha permanecerá com as iniciais da estudante, que ganhou um certificado da agência pela descoberta.
Ela disse que achar o asteroide foi algo "indescritível". "Sempre foi meu sonho poder contribuir com a física, com a ciência. Sempre fui apaixonada pelas estrelas e o que me deixa mais feliz é que estudei a vida inteira em escola pública, então, independentemente de onde a pessoa estudou, ela pode realizar sonhos e conseguir o que quiser", comemora.
Lage já tem uma trajetória cheia de conquistas prévias. Ela foi medalhista de prata na 23ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, em 2020, e chegou à final da Competição Internacional de Astronomia e Astrofísica, levando medalha de bronze. Agora ela sonha em ir muito além: "quero realizar um outro curso da Nasa que se chama Advance Space Academy e também analisar estrelas para saber se há planetas em torno delas", diz.
Fonte: Galileu
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