Observatórios da Nasa captam 17 erupções vindas de uma única mancha solar

 Fenômenos flagrados ocorrem a partir de uma área chamada AR2975, originando explosões que atingem o campo magnético da Terra. Entenda

Imagem de uma erupção solar que ocorreu em 30 de março de 2022, conforme capturada pelo Solar Dynamics Observatory da Nasa (Foto: Nasa)


Ao menos 17 erupções solares vindas de uma única mancha no Sol ocorreram nos últimos três dias, segundo observatórios da Nasa. O local de origem dos fenômenos, conhecido como AR2975, está disparando as explosões desde segunda-feira (28). 

As erupções repentinas foram registradas pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla em inglês) e pelo Observatório Solar e Heliosférico (Soho), ambos da Nasa. As explosões solares, de acordo com a agência espacial norte-americana, são um estouro repentino de energia causado pelo “emaranhamento, cruzamento ou reorganização das linhas do campo magnético perto das manchas solares”. 

Essas manchas são áreas que parecem escuras na superfície do Sol por serem mais frias do que outras partes. O site SpaceWeather.com registrou que a mancha AR2975 explodiu na quarta-feira (30), provocando o efeito mais forte até agora: uma erupção da classe X1.3.

Em comunicado, a Nasa confirmou o evento, informando que a classe X abrange explosões mais intensas, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força. “Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, etc”, explica a agência. 

A radiação da explosão ionizou o topo da atmosfera da Terra, gerando um apagão de rádio de ondas curtas na região das Américas. Efeitos incomuns podem ter sido notados em frequências de rádio abaixo de 30 MHz, afetando o trabalho de aviadores, marinheiros e operadores amadores.

De acordo com o SpaceWeather.com, por conta das erupções, uma ejeção de massa coronal (EMC), isto é, uma bolha gigante de gás permeada por campos magnéticos, atingiu o campo da Terra nesta quinta-feira (31). Isso gerou uma tempestade geomagnética de classe G1 (leve), com chances de tempestades mais fortes neste mesmo dia.

Também devido à mancha AR2975, uma nova ejeção chegará à Terra no dia 2 de abril, sendo que a Nasa e a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) ainda irão definir o tempo exato de chegada. Isso poderá desencadear mais tempestades da classe G1, prolongando a atual agitação geomagnética por mais tempo.

Fonte: Galileu

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