Espaços vazios” no universo podem estar gerando energia escura, dizem cientistas
Paul Sutter, astrofísico do Flatiron Institute de Nova York, explica a
relevância deste estudo para a nossa compreensão do universo:
“O que os ‘espaços vazios’ têm a ver com energia escura? Por um lado,
os efeitos da expansão acelerada não são sentidos dentro de sistemas estelares
ou galáxias; lá, a atração gravitacional da matéria é tão grande que, por
exemplo, nem nosso próprio sistema solar nem a Via Láctea estão ficando maiores
por causa da energia escura. Mas como os estão quase completamente vazios, eles
podem mascarar os efeitos da energia escura”.
Mudança de paradigma
Até então, os cientistas acreditavam que a energia escura apenas se
concentrava nesses vazios espaciais. Contudo, o novo estudo indica que ela
também é produzida lá. Segundo os pesquisadores, há bilhões de anos, a matéria
estava espalhada no espaço de maneira bastante uniforme, até que lugares um
pouco maiores passaram a atrair mais matéria para eles. O resultado disso foi
um acúmulo suficiente para formar galáxias e outros aglomerados.
Por outro lado, esse acúmulo significava que outros espaços do universo
estavam se tornando menos densos. Sutter explica: “À medida que as vacâncias
crescem, as paredes das galáxias entre elas se afinam continuamente e
eventualmente se dissolvem, fazendo com que as vacâncias se fundam. Nos
próximos bilhões de anos, os vazios romperão a teia cósmica, deixando toda a
matéria isolada pelo vazio a centenas de milhões de anos-luz de distância.”
Conforme isso
acontece, o universo passa por uma expansão acelerada, o que corresponde às
estimativas de produção de energia escura.
Fonte: Olhar Digital
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