Sonda coreana vai mapear metais da Lua e testar internet espacial
A sonda Danuri orbitará a Lua a uma altitude de 100 km. [Imagem: KARI]
Sonda
lunar Danuri
Foi lançada nesta
quinta-feira a primeira missão lunar da Coreia do Sul, o orbitador Danuri, que
significa "Desfrute a Lua", em coreano.
Seu nome oficial é KPLO
(Korea Pathfinder Lunar Orbiter).
Administrada pela agência
espacial do país, a KARI (Instituto de Pesquisa Aeroespacial da Coreia), a
sonda espacial deverá orbitar a Lua por pelo menos 1 ano, observando o satélite
com uma série de instrumentos sul-coreanos e um instrumento construído pela
NASA.
Entre os objetivos da missão
estão pesquisas do ambiente, topografia e relevos lunares, identificar
possíveis locais de pouso para futuras missões, verificar a ocorrência de
metais e demonstrar os primórdios de uma "internet espacial".
A sonda tem uma forma cúbica,
com massa total de 550 kg, com duas asas formadas por painéis solares. A
energia (760 W a 28 V) é dirigida para baterias recarregáveis, que alimentam os
instrumentos.
Uma antena parabólica montada
na ponta de uma haste provê comunicações via banda S (telemetria e comando) e
banda X (transmissão dos dados científicos).
Os cinco instrumentos
científicos, com carga útil de cerca de 40 kg, são:
LUTI - Imageador do Terreno
Lunar
PolCam - Câmera polarimétrica
de grande angular
KMAG - Magnetômetro
KGRS - Espectrômetro de raios
gama
ShadowCam - Câmera de alta
sensibilidade desenvolvida pela NASA para a missão LRO, projetada para capturar
imagens das áreas fortemente sombreadas dos polos lunares.
Esquema proposto para
uma internet espacial. [Imagem: NASA]
Internet espacial e metais
O sexto instrumento, na
verdade considerado um experimento, é chamado DTN, sigla em inglês para
"Rede Tolerante a Interrupções", que pretende demonstrar novas
capacidades de transmissão assíncrona de dados, lançando as bases para algo
parecido com uma internet espacial, que poderá ser usada por diversas naves e
estações terrestres.
Diferentemente da internet
terrestre, uma internet espacial precisa lidar com grandes retardos, devido às
distâncias envolvidas nas transmissões, e com a queda das conexões, como quando
uma sonda espacial fica escondida do outro lado de uma lua ou planeta, por
exemplo.
A sonda Danuri deverá chegar
à Lua apenas em Dezembro, devido à escolha de uma rota para minimizar o consumo
de combustível. Mas ela já estará fazendo ciência durante a viagem, com o
instrumento KGRS tentando detectar emissões de raios X produzidos pelo colapso
de estrelas distantes, e o instrumento KMAG mapeando o campo magnético entre a
Terra e a Lua.
Ao chegar, orbitando a uma
altitude de 100 km, a sonda deverá então produzir mapas da distribuição de
elementos de interesse tecnológico presentes no solo lunar, incluindo ferro,
titânio, urânio e tório.
Fonte: Inovação Tecnológica
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