Água líquida em Marte: descobertas mais reservas no polo sul do Planeta Vermelho
Parte do polo sul de Marte fotografado pela Mars Express (Imagem: Reprodução/ESA/DLR/FU Berlin/Bill Dunford)
Em
2018, pesquisadores italianos anunciaram que haviam encontrado evidências da
existência de água líquida em Marte, abaixo da calota polar sul. Agora, a
equipe voltou em mais uma série de informações que não apenas sustentam essa
hipótese, como amplia ainda mais a possibilidade. O novo estudo sugere que há
pelo menos três lagos subglaciais no polo sul marciano.
Nas
duas pesquisas, os estudos analisaram dados obtidos pela sonda Mars Express da
ESA, que orbita o Planeta Vermelho desde 2003. Na primeira pesquisa, a equipe já
causou bastante entusiasmo ao detectar manchas reflexivas brilhantes abaixo do
gelo. Aquilo era sinal da presença de um lago de água líquida que derreteu a
partir da calota de gelo e ficou preso abaixo dela.
Essa
água estaria localizada a 1,5 km abaixo da superfície e teria que ser muito
salgada para se manter no estado líquido em temperaturas tão baixas, já que os
níveis de sal mais elevados fazem com que o ponto de congelamento fique menor.
Na Terra, existem alguns lagos que se formam dessa forma, em lugares como a
Antártida, por exemplo. O calor do solo e a pressão da geleira derretem parte
do gelo, e a salmoura fica presa logo abaixo.
Nas
duas pesquisas, os estudos analisaram dados obtidos pela sonda Mars Express da
ESA, que orbita o Planeta Vermelho desde 2003. Na primeira pesquisa, a equipe
já causou bastante entusiasmo ao detectar manchas reflexivas brilhantes abaixo
do gelo. Aquilo era sinal da presença de um lago de água líquida que derreteu a
partir da calota de gelo e ficou preso abaixo dela.
Essa
água estaria localizada a 1,5 km abaixo da superfície e teria que ser muito
salgada para se manter no estado líquido em temperaturas tão baixas, já que os
níveis de sal mais elevados fazem com que o ponto de congelamento fique menor.
Na Terra, existem alguns lagos que se formam dessa forma, em lugares como a
Antártida, por exemplo. O calor do solo e a pressão da geleira derretem parte
do gelo, e a salmoura fica presa logo abaixo.
Agora,
a equipe italiana publicou um novo artigo na Nature Astronomy, no dia 28 de
setembro, com novos dados da Mars Express — mais precisamente, um radar a bordo
da nave chamado MARSIS (Mars Advanced Radar for Subsurface and Ionospheric
Sounding). Desta vez, eles analisaram um conjunto de dados muito maior que no
estudo anterior, e encontrou sinais ainda mais interessantes.
Com
uma nova abordagem, eles conseguiram aplicar técnicas usadas por satélites que
orbitam a Terra para obter imagens das características geológicas subterrâneas
de Marte. Além do brilho da região onde a salmoura foi detectada, eles
conseguiram também medir a variação da intensidade do sinal, obtendo assim
dados sobre a suavidade da superfície refletora. O método parece confiável, já
que foi deste modo que se descobriu lagos subglaciais na Antártica, na
Groenlândia e no Ártico canadense.
Assim,
eles não só conseguiram métricas mais precisas do lago detectado antes, como
também visualizaram outras áreas menores que correspondem aos critérios de
detecção de água líquida — ou pelo menos de lama. São pelo menos três novas
lagoas descobertas, sendo que o lago maior tem cerca de 20 x 30 km e é cercado
por várias lagoas menores.
Uma
das perguntas que devem ser investigadas agora é como o solo aqueceu o
suficiente para derreter o gelo, já que Marte não é um mundo muito ativo em
termos geológicos. Seja como for, Marte já foi bem mais quente e úmido, com
água líquida em sua superfície, então é possível que a nova descoberta mostre
aos cientistas lugares ideais para se buscar evidências de vida antiga no
Planeta Vermelho.
Fonte: canaltech
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