Astrônomos resolvem mistério dos quasares, objetos mais brilhantes do Universo
O que são quasares? - Observados pela primeira vez há 60 anos, os quasares podem brilhar tão intensamente quanto um trilhão de estrelas que se reunissem em um volume do tamanho do nosso Sistema Solar.
Renderização artística do quasar P172+18. [Imagem: ESO-M Kornmesser]
Até
hoje, porém, permanecia um mistério o que poderia desencadear uma atividade tão
poderosa.
Agora,
depois de observar 48 galáxias que hospedam quasares e compará-las com mais de
100 galáxias que não os têm, astrônomos das universidades de Sheffield e
Hertfordshire, no Reino Unido, descobriram que o fenômeno é gerado quando duas
galáxias colidem entre si.
Embora
a colisão de duas galáxias possa soar como algo extremo, as estrelas de cada
uma ficam tão distantes umas das outras que o mais comum é que elas passem umas
pelas outras, lembrando mais dois bandos de pássaros se mesclando e
influenciando-se mutuamente para formar um único grupo.
Contudo,
as forças gravitacionais que entram em ação empurram enormes quantidades de gás
em direção aos buracos negros supermassivos no centro do sistema galáctico
remanescente que resulta da colisão.
A
conclusão da equipe é que, pouco antes de o gás ser consumido pelo buraco
negro, ele libera quantidades extraordinárias de energia na forma de radiação -
e é esse brilho imenso que nós temos chamado de quasar.
A expectativa é que o telescópio Webb revele os quasares mais distantes já vistos. [Imagem: ESO/M. Kornmesser]
Ignição de um quasar - As colisões foram descobertas quando os astrônomos estavam analisando imagens profundas feitas pelo Telescópio Isaac Newton, em La Palma, e detectaram a presença de estruturas distorcidas nas regiões externas das galáxias que abrigam quasares.
Esta
é a primeira vez que uma amostra de quasares deste tamanho foi fotografada com
um nível de sensibilidade tão alto. Ao comparar as observações de 48 quasares e
suas galáxias hospedeiras com imagens de mais de 100 galáxias que não têm
quasares, os astrônomos concluíram que as galáxias que hospedam quasares têm
aproximadamente três vezes mais chances de estar envolvidas em processos de
interação ou colisão com outras galáxias.
A
ignição de um quasar pode ter consequências dramáticas para as galáxias, já que
pode expulsar quase todo o reservatório de gás, o que impedirá a formação de
novas estrelas por bilhões de anos no futuro.
"Os
quasares são um dos fenômenos mais extremos do Universo, e o que vemos
provavelmente representa o futuro da nossa própria galáxia, a Via Láctea,
quando ela colidir com a galáxia de Andrômeda, daqui a cerca de cinco bilhões
de anos. É emocionante observar esses eventos e finalmente entender por que
eles ocorrem - mas, felizmente, a Terra não estará nem perto de um desses
episódios apocalípticos por algum tempo," disse o professor Clive
Tadhunter.
E,
longe de serem meras curiosidades distantes, os quasares são importantes para
os astrofísicos porque, devido ao seu brilho, se destacam a grandes distâncias
e, portanto, atuam como faróis para as épocas mais remotas da história do
Universo.
Fonte: Inovação Tecnológica
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