Estamos Sozinhos No Multiverso?

 A pergunta que intriga a humanidade é se estamos sozinhos no universo. Atualmente, astrobiólogos estão cada vez mais próximos de identificar sinais de vida em outros planetas semelhantes à Terra, com o auxílio de observatórios modernos, como o Telescópio Espacial James Webb. 

Agora, um grupo de astrônomos busca responder se a vida poderia existir em outros universos. Eles desenvolveram uma maneira de explorar essa questão, considerando a variedade de condições que podem existir em outros universos. 

As constantes fundamentais que regem as leis físicas parecem perfeitamente ajustadas para permitir o surgimento da vida. Um exemplo disso é a formação de átomos de carbono, que ocorre dentro das estrelas através da fusão de três núcleos de hélio. Essa colisão de três partículas parece improvável, mas a abundância de carbono no universo, essencial para a vida na Terra, sugere que há um mecanismo que promove sua formação nas estrelas. 

Em 1954, o astrônomo Fred Hoyle previu a ressonância de Hoyle, que aumenta a probabilidade de colisões triplas e a abundância de carbono em várias ordens de magnitude. Essa ressonância só é possível porque várias constantes fundamentais assumem valores precisos, como se tivessem sido ajustadas finamente para criar carbono. 

A falta de explicação para esse ajuste fino levou os cosmólogos a sugerir que essas constantes poderiam assumir outros valores em outros universos. Essa ideia deu origem ao conceito de multiverso – universos paralelos com constantes fundamentais diferentes dos nossos. 

McCullen Sandora, do Blue Marble Space Institute of Science em Seattle, e colegas investigam se a vida poderia ter evoluído em outros universos e em que condições isso seria possível. Eles analisam a formação de núcleos dentro das estrelas e as proporções de diferentes elementos que as estrelas deixam para trás ao morrer, que formam a base para uma nova geração de planetas. 

Os pesquisadores concluem que os níveis de carbono devem ser praticamente perfeitos para a vida. No entanto, a quantidade de outros elementos é menos importante. A pesquisa de Sandora e colegas faz parte de um esforço maior para mapear as condições que possibilitam a vida semelhante à da Terra. 

Embora seja um projeto ousado e difícil de testar, ele se concentra em uma definição estreita de vida, baseada em formas de vida baseadas em carbono encontradas na Terra. Entretanto, definições mais gerais de vida são possíveis, como a transmissão de informações de uma geração para outra por meio da evolução. Nesse sentido, a vida é um sistema evoluído para armazenar, processar e transmitir informações.

Fonte: spacetoday.com.br

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