James Webb detecta possível terceiro planeta no sistema estelar 'bebê' PDS 70
"O PDS 70 é especial, pois é o único disco protoplanetário até agora em que todos os astrônomos concordam que encontramos planetas em formação capturados em flagrante."
A imagem apresenta o sistema estelar infantil PDS 70 fotografado pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA). Fonte: ALMA / ESO / NAOJ / NRAO /
Em um estudo publicado no
servidor de pré-impressão arXiv, uma equipe de cientistas descreve que utilizou
o Telescópio Espacial James Webb (JWST) para observar o que está acontecendo ao
redor do sistema estelar bebê PDS 70, localizado a aproximadamente 400 anos-luz
de distância da Terra. Os dados revelaram um terceiro planeta se formando na
região, enquanto outros dois já haviam sido descobertos.
Os astrônomos haviam
descoberto que dois planetas se formaram ao redor da estrela PDS 70, mas a nova
pesquisa sugere que um novo mundo está se formando na região. A partir do
instrumento de infravermelho próximo (NIRCam) do JWST, os cientistas conseguiram
detectar um grande fluxo espiral de material cósmico alimentando um desses
planetas já descobertos, chamado de PDS 70C.
Conforme os pesquisadores
explicam no estudo, o material cósmico do planeta PDS 70C está alimentando uma
corrente de força que, futuramente, deverá possibilitar a geração de novas luas
na região.
O artigo também observou
que o sistema PDS 70 não tem mais de 5,5 milhões de anos, por isso, é chamado
de sistema estelar bebê. Atualmente, o nosso sistema solar já contabiliza mais
de 4,5 bilhões de anos.
"Encontramos novas
evidências da presença de um terceiro planeta no sistema, que foi proposta com
base nas observações do VLT. PDS 70 é especial, pois é o único disco
protoplanetário até agora onde todos os astrônomos concordam que encontramos
planetas em formação apanhados em flagrante. O estudo detalhado deste sistema
permitiu-nos aprender muito sobre a formação de planetas", disse o
pesquisador de pós-doutorado em astrofísica nas instituições belgas KU Leuven e
Universidade de Liège, Valentin Christiaens, em mensagem enviada ao site ao
Space.
Planeta em formação em PDS
70
O planeta em formação
descoberto pelos cientistas está a cerca de 13 vezes a distância entre o Sol e
a Terra, envolto em uma alta quantidade de poeira estelar — ele deve ser
nomeado como PDS 70D. Segundo Christiaens explica, os cientistas devem coletar
mais informações para uma confirmação completa do planeta em formação.
Dependendo de algumas
características do possível planeta, os cientistas sugerem que ele pode estar
próximo da ressonância de movimento médio com PDS 70B e PDS 70C. Ou seja, isso
pode significar que a órbita do novo corpo celeste em formação seria quase duas
vezes mais curta que a de 70B e quatro vezes mais curta que a de 70C. Não seria
impossível que algo semelhante realmente acontecesse, pois a ciência já
detectou três luas internas de Júpiter com algumas semelhanças: Io, Europa e
Ganimedes.
"É a primeira vez que
podemos ligar diretamente esta característica a um planeta em formação. Isso
pode sugerir que algumas das espirais observadas em outros discos
protoplanetários também podem estar associadas à formação de planetas. Assim,
essas descobertas levaram a uma suspeita crescente de que as espirais
observadas em outros discos também podem muito bem-estar diretamente conectadas
a planetas incorporados em seus discos", acrescenta Christiaens.
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aproveite para entender como encontrar sistemas planetários em zonas
habitáveis.
Fonte: Space.com
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