E se um buraco negro 'invadir' o Sistema Solar? A ciência responde!
Há alguns anos, astrônomos
descobriram o buraco negro mais próximo da Terra, chamado Gaia BH1, após sua
detecção pelo satélite europeu Gaia; ele está localizado a apenas 1.560
anos-luz de distância da Terra. Os buracos negros podem conter respostas para diversos
mistérios, e por isso os cientistas estão estudando o tema constantemente. Mas
o que aconteceria se um objeto massivo desse tipo 'invadisse' o Sistema Solar?
A verdade é que, provavelmente,
isso nunca acontecerá. Os buracos negros não surgem do nada, e não será no
futuro que isso acontecerá. Mas, em um experimento mental, poderíamos imaginar
o que aconteceria se ele estivesse perto de nós o suficiente para causar
grandes estragos. E, claro, as consequências dependeriam da massa do buraco
negro e de como seus efeitos gravitacionais afetariam tudo ao seu redor.
Em uma mensagem ao site
LiveScience, a pesquisadora francesa Karina Voggel explica que os buracos
negros não são destrutivos por natureza, mas quanto mais massa eles têm, mais
estragos podem causar devido ao seu intenso campo gravitacional. Nesse caso, o
maior problema seria se o buraco negro tivesse mais massa do que o Sol, pois é
a nossa principal estrela que rege a atividade gravitacional do Sistema Solar.
"Os buracos negros que temos
certeza de que existem são todos muito mais massivos do que o Sol. E a
gravidade do Sol domina o comportamento dos corpos no Sistema Solar até
distâncias tremendas, e então qualquer coisa mais massiva do que o Sol vagando
em nossa vizinhança em escalas muito maiores do que o Sistema Solar teria
efeitos perceptíveis", disse o professor associado de física na Loyola
University Chicago, Robert McNees, ao site LiveScience.
Um buraco negro no Sistema
Solar
Os buracos negros confirmados
pela ciência são, em geral, de dois tipos: buracos negros de massa estelar, com
até 100 vezes a massa do Sol, e buracos negros supermassivos, que possuem de
100 mil a bilhões de vezes a massa do Sol. Qualquer um desses tipos
representaria um grande problema para a Terra e para todo o Sistema Solar,
pois, devido à sua alta densidade, eles exerceriam uma influência gravitacional
dominante sobre todos os planetas e outros objetos na região.
Se realmente estivesse próximo da
região mais distante do Sistema Solar, conhecida como nuvem de Oort, um buraco
negro de massa estelar afetaria cometas e asteroides, que poderiam ser
redirecionados para a Terra. Se estivesse mais perto, por exemplo, próximo da
órbita de Plutão, ele talvez afetaria as órbitas de Netuno e Urano. Segundo
Voggel, a Terra estaria provavelmente segura nesse caso.
O grande problema para a
civilização humana começaria se o objeto cruzasse as órbitas entre Urano e
Plutão, pois os efeitos gravitacionais poderiam alterar a órbita do nosso
planeta. Como consequência, isso mudaria as estações do ano e aumentaria as
temperaturas a níveis críticos. Perto da órbita de Júpiter, os efeitos
gravitacionais poderiam atrair a Terra em direção ao buraco negro.
"Se você chegar ainda mais
perto... entre nós e Marte ou algo assim, então você reergue a Terra. Os
efeitos das marés a aqueceriam. Você teria magma; os oceanos evaporariam;
definitivamente não haveria mais vida possível", Voggel conclui.
Mas é claro, é importante
reafirmar que tudo isso se trata apenas de um experimento mental, pois não há
nenhum buraco negro de massa estelar em direção ao Sistema Solar.
Existe um buraco negro
próximo da Terra?
Há algumas décadas, parte da
comunidade de astrônomos levantou a hipótese de que pode existir um nono
planeta escondido no Sistema Solar, um objeto que poderia ser muito mais
massivo que a Terra. Após coletarem uma série de dados, eles perceberam que existe
uma grande perturbação gravitacional que sugere a presença de astro com uma
massa substancial.
Por enquanto, os pesquisadores
ainda não conseguiram confirmar se o suposto planeta Nove é realmente um
planeta. Alguns acreditam que, na verdade, não se trata de um corpo celeste
desse tipo, mas sim de um buraco negro primordial que se formou durante os
primeiros momentos do Big Bang.
Os pesquisadores apontam que
poderia ser um buraco negro com o tamanho de uma bola de boliche e massa dez
vezes maior que a da Terra, ou até um número maior de buracos negros
primordiais, resultando na perturbação coletada pelos instrumentos. Mesmo que seja
um objeto desse tipo, ele aparentemente não causa efeito peculiar na Terra ou
no Sistema Solar.
Fonte: msn.com
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