Bizarro: cientistas usaram o telescópio Webb para ver o buraco negro no centro da nossa galáxia e viram algo estranho
O Telescópio Espacial James Webb,
com sua incrível capacidade de nos levar bilhões de anos ao passado,
recentemente virou suas lentes para um alvo mais próximo: o buraco negro
Sagitário A*, no coração da nossa galáxia Via Láctea. Este monstro cósmico, localizado
a cerca de 26 mil anos-luz de distância, ofereceu um espetáculo de luzes que
mais parecia uma queima de fogos cósmica.
Imagem ilustrativa
Flares Explosivos: O Show de
Luzes Cósmico
Os cientistas da Universidade
Northwestern, usando o telescópio Webb, observaram flares de luz
impressionantes emanando de Sagitário A*. Conforme descrito na revista The
Astrophysical Journal Letters, esses flares geralmente emergem de discos de
acreção, que são discos de gás e poeira em alta rotação. A origem exata desses
flares ainda é um mistério, mas acredita-se que eles venham de um disco de
acreção posicionado logo além do horizonte de eventos do buraco negro, onde a
gravidade é tão intensa que nem mesmo a luz escapa.
Segundo Farhad Yusef-Zadeh,
professor de física e astronomia da Northwestern, os dados revelaram uma
luminosidade em constante mutação, que de repente resultava em uma explosão de
brilho. “Vimos um estouro de luz que parecia uma explosão pirotécnica, seguida
por um retorno à calma,” disse ele.
O Comportamento Enigmático de
Sagitário A*
Essas explosões luminosas parecem
acontecer de maneira aleatória, sem um padrão discernível. Segundo Yusef-Zadeh,
“O perfil de atividade deste buraco negro era novo e empolgante a cada
observação.” Enquanto buracos negros são essencialmente invisíveis, eles podem
ser “vistos” pelo impacto que têm sobre os objetos ao seu redor. Qualquer coisa
que se aproxime demais é sugada pela sua gravidade, formando discos de acreção
que aquecem conforme “alimentam” o buraco negro.
Apesar de se entender bem o
mecanismo que alimenta os buracos negros, ainda há dúvidas sobre por que esses
corpos poderosos emitem flares tão brilhantes. Yusef-Zadeh ressalta que os
flares observados no Sagitário A* são únicos mesmo dentre esses fenômenos
misteriosos.
Observações Reveladoras e
Constantes Descobertas
Durante um ano, os pesquisadores
observaram Sagitário A* em incrementos de oito a dez horas. Cada sessão de
observação revelou mudanças, sem que duas fossem iguais. “Vimos algo diferente
a cada vez,” relatou Yusef-Zadeh, destacando o caráter notável dessas
descobertas.
O estudo contínuo do Sagitário A*
promete lançar luz sobre os processos subjacentes que impulsionam esses flares
energéticos, assim como sobre a natureza intrínseca dos buracos negros
supermassivos. A cada nova observação, os cientistas esperam desvendar mais
segredos do universo, um flare de cada vez.
Hypescience.com
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