Grande Mancha Vermelha de Júpiter
A Grande Mancha Vermelha, de forma oval e coloração em tons de vermelho, é uma das características mais distintivas do planeta Júpiter e corresponde a uma tempestade de grandes dimensões e com carácter mais ou menos permanente.
Imagem da Grande Mancha Vermelha, obtida pela Voyager 1 em 25 de fevereiro de 1979, quando a sonda estava a 9,2 milhões km de Júpiter. Detalhes de até 160 km de extensão podem ser vistos aqui. O padrão colorido e ondulado à esquerda da Mancha Vermelha é uma região com movimentos extremamente complexos e variáveis. A tempestade oval branca diretamente abaixo da Mancha Vermelha possui o mesmo diâmetro da Terra.
Características
Esta região anti-ciclónica (sistema de altas pressões) encontra-se no hemisfério sul do planeta a 22º do equador e parece ser de carácter permanente. Experiências laboratoriais parecem relacionar a sua cor vermelha com a existência de moléculas orgânicas complexas ou com a presença de fósforo vermelho aspirado pelas correntes de gás em movimento na atmosfera. A tempestade em si é mais fria que as áreas circundantes e bastante complexa, em constante rotação, com ventos no seu interior que atingem os 600 km/h. Perto do centro, no entanto, o movimento é menor e o sentido das correntes estima-se aleatório. Sendo que a mancha absorve alterações atmosféricas menores é possível encontrar cadeias de outras tempestades no seu interior. A sua rotação no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio (impulsionada pelo calor interno de Júpiter) completa-se após aproximadamente seis dias terrestres.
Terá sido pela primeira vez observada por Cassini ou pelo cientista Robert Hook por volta de 1665, mas nada anula a possibilidade de já ter sido avistada anteriormente (é possível vê-la através de um telescópio terrestre). Sabe-se que no final do século XIX, por volta de 1880, a mancha tinha o dobro do tamanho atual, cerca de 40 000 km de comprimento (onde caberiam um planeta Terra) e desde então tem-se verificado uma diminuição longitudinal. Explicação para esta contracção é ainda desconhecida, mas assume-se a possibilidade de um comportamento cíclico determinado em décadas, visto que o planeta em si também aumenta esporadicamente a sua actividade e consequentemente faz irromper tempestades periódicas. Também a intensidade da cor varia, o que poderá ter a ver com a velocidade dos ventos que circundam a mancha.
Longevidade
As manchas de tempestades no planeta podem durar de horas a séculos. A longa vida da grande mancha vermelha é também difícil de fundamentar. Sendo que o planeta Júpiter é gasoso, ou seja, não possui uma camada sólida como a Terra, faz com que a tempestade nunca encontre uma superfície na qual seja possível dissipar a sua energia. Esta é uma possível explicação para a sua longevidade, para a qual ainda não é possível prever um fim.
Fonte:Wikipédia
Fonte:Wikipédia
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