A história da formação estrelar nas galáxias mais brilhantes

Estudo conta com participação portuguesa 
Enxame de galáxias RCS J162009 + 2929.4 (SDSS)
 Uma equipa internacional de astrónomos, com a participação de Pedro Viana, investigador no Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) e docente no Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto – e na sequência de um trabalho publicado na revista «Nature» –, estudou as galáxias mais luminosas de 20 enxames de galáxias distantes e verificou que a maioria das suas estrelas formou-se rapidamente após o inicio do Universo. Até agora, e baseando-se essencialmente em modelos teóricos semi-analíticos, os astrónomos pensavam que a maioria das estrelas destas galáxias se teria formado “recentemente”, ao longo dos últimos milhares de milhões de anos, à medida que essas galáxias se iam fundindo com outras galáxias na sua vizinhança.
Contornos de emissão em raio-X sobrepostos a verde (Nature).


No entanto, as observações recentemente realizadas com o telescópio japonês Subaru, demonstraram que estas galáxias, cuja luz demorou dez mil milhões de anos a chegar até nós, tinham já a maioria da sua massa estelar formada quanto emitiram a luz que agora recebemos. Mas tal ocorreu numa altura da história do Universo em que as fusões de galáxias teriam sido ainda insuficientes para conseguir induzir um nível elevado de formação estelar.
Esta descoberta indica, portanto, que serão necessárias melhorias nos modelos teóricos actualmente existentes que procuram explicar a formação das maiores galáxias no Universo, o que requer necessariamente o aprofundamento da investigação dos processos físicos que permitiram a formação estelar tão rapidamente após o Big Bang.
Créditos:Stella - Astrofísica Estelar

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