Eco de uma erupção estelar

Reflexo da luz das erupções da Eta Carinae: temperaturas de 5 mil Kelvin
A natureza da série de grandes erupções que ocorreram entre 1838 e 1858 na Eta Carinae, um dos maiores sistemas da Via Láctea formado por duas estrelas gigantes, parece ter sido finalmente compreendida. Uma equipe de astrofísicos coordenada por Armin Rest do Space Telescope Science Institute de Baltimore, Estados Unidos, conseguiu captar o eco de parte da luz desses eventos que foi refletida na poeira vizinha às estrelas e demorou mais de um século e meio para se tornar vísivel aos modernos telescópios de hoje. A análise dos comprimentos de onda dessa luz revelou que as erupções da Eta Carinae atingiram a temperatura de 5 mil Kelvin em vez dos anteriormente previstos 7 mil Kelvin e ejetou cerca de 10% da massa do sistema a velocidades de até mil quilômetros por segundo. A temperatura menor indica que o sistema binário não sofreu uma explosão superenergética do tipo supernova, mas foi alvo de eventos um pouco menos potentes. Apesar dos novos dados, ainda não se sabe por que as erupções ocorreram durante aquele período. “Até agora só arranhamos a superfície do que os ecos podem revelar”, diz Rest.
Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br

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