Cometa ISON passa por Marte e ruma em direção ao Sol

A foto mostra o cometa C/2012 S1 ISON, como registrado pelos astrônomos Nick Howes, Ernesto Guido e Martino Nicolino, em 01 de outubro de 2013, do observatório Remanzacco, na Itália. As inserções coloridas na imagem mostram em detalhes as comas interna e externa de ISON. Crédito: Observatório Remanzacco, Apolo11.com.

O cometa C/2012 S1 ISON completou na terça-feira a primeira das aproximações dentro do Sistema Solar e chegou a apenas 10 milhões de quilômetros do planeta Marte. Agora, ruma para o momento mais dramático dessa jornada: o tórrido encontro com o Sol. Em sua rápida passagem pelas proximidades do Planeta Vermelho, ISON foi fotografado por todas as sondas que orbitam o planeta e também pelo jipe-robô Curiosity, que prospecta o solo marciano. Foram feitas diversas imagens e coleta de dados, tanto por artefatos estadunidenses como europeus e provavelmente até o final da semana já teremos imagens próximas do cometa. 


ISON se aproximou do Planeta Vermelho a 32.9 km/s, ou mais de 118 mil km/h e à medida que ruma em direção ao Sol sua velocidade aumenta ainda mais. No dia da aproximação máxima, em 28 de novembro, a velocidade deverá atingir nada menos que 377 km/s, ou 1.36 milhão de km/h. Para se ter uma ideia, isso é 0,13% da velocidade da luz e daria para fazer uma viagem de São Paulo à Nova York em menos de 20 segundos. Se o cometa seguir exatamente o que é previsto pela mecânica celeste, deverá contornar o Sol e seguir seu rumo para dentro do Sistema Solar, deixando para trás uma a trilha fragmentos que encontrará a Terra nos dias 14 e 15 de janeiro de 2014, provocando uma pequena chuva meteoros.

No entanto, as estatísticas mostram que cometas como ISON raramente conseguem contornar a estrela. ISON é um cometa pequeno, com núcleo de aproximadamente 5 km de diâmetro. Isso pode resultar na pulverização total do cometa antes da aproximação máxima. Outra possibilidade é que ISON se rompa pela atuação das forças de maré geradas antes de atingir o periélio. Isso poderia criar um verdadeiro espetáculo, similar ao que ocorreu antes do cometa Shoemaker-Levy 9 atingir o planeta Júpiter em julho de 1994. A partir de agora começa a segunda parte do show. Tudo pode acontecer com ISON e a maior aproximação com o Sol e a posição favorável no céu vão proporcionar imagens cada vez mais impressionantes. É só aguardar!
Fonte: Apolo11.com - http://www.apolo11.com

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