Planeta 10 vezes maior que a Terra pode ter se chocado com Júpiter
Segundo os cientistas, a violenta colisão
pode ter acontecido milhões de anos após a formação do Sistema Solar
Júpiter:
segundo os cientistas, o impacto que aconteceu há bilhões de anos pode ser
considerado um verdadeiro monstro (Kyosuke Suda e Yuki Akimoto/Mabuchi Design
Office, Centro de Astrobiologia, Japão/Divulgação/Reuters)
Júpiter, o maior planeta do
Sistema Solar, pode ter sido atingido de frente por um planeta embrionário com
10 vezes a massa da Terra não muito depois de ter se formado, em um choque
monumental com efeitos aparentes no núcleo jupiteriano, disseram cientistas
nesta quinta-feira (15).
A violenta colisão, segundo a
hipótese de astrônomos para explicar os dados coletados pela sonda Juno, da
Nasa, pode ter ocorrido vários milhões de anos após a formação do Sol, há cerca
de 4,5 bilhões de anos, logo após a dispersão do disco primordial de poeira e
gás que gerou o Sistema Solar.
“Acreditamos que os impactos,
e em particular os impactos gigantes, podem ter sido bastante comuns durante a
infância do Sistema Solar. Por exemplo, acreditamos que nossa Lua se formou
depois de um evento como esse. No entanto, o impacto que postulamos para
Júpiter é um verdadeiro monstro”, disse o astrônomo Andrea Isella, da
Universidade de Rice, em Houston.
Sob esse cenário, o planeta
ainda em formação imergiu e foi consumido por Júpiter.
úpiter, um planeta gigante e
gasoso coberto por nuvens vermelhas, marrons, amarelas e brancas, conta com um
diâmetro de cerca de 143 mil quilômetros. Os modelos interiores baseados em
dados da sonda Juno indicaram que Júpiter possui um grade núcleo “diluído”, que
representa ao redor de 5% a 15% da massa do planeta, composto por materiais
rochosos e congelados mesclados inesperadamente com elementos leves, como
hidrogênio e hélio.
“Juno mede o campo de
gravidade de Júpiter com uma precisão extraordinária. Os cientistas usam essa
informação para inferir a composição e as estruturas interiores de Júpiter”,
disse Shang-Fei Liu, professor associado de Astronomia da Universidade Sun
Yat-sen, em Zhuhai, na China, e principal autor da investigação publicada pela
revista Nature.
Fonte: EXAME
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