*Os 9 maiores enigmas do espaço
1 - Energia escura
Ninguém sabe o que é, mas
oficialmente é repulsiva e mais poderosa do que a gravidade. Enquanto a
gravidade mantém galáxias unidas, alguma força desconhecida está trabalhando
nos bastidores para separá-las. Os cientistas só tomaram conhecimento da
existência dessa energia escura - que ocupa 30% do espaço- quando descobriram
que o Universo está em expansão acelerada.
2 - Água em Marte
Apesar das duas descobertas de
água congelada em Marte no ano passado (perto do Pólo Sul e na superfície da
calota polar norte do planeta), ninguém pôde averiguar ainda se a água existe
em estado líquido, condição essencial para a existência da vida como a
conhecemos. A Nasa (agência espacial americana) continua procurando indícios de
vida no planeta vermelho.
3 - A origem da vida
Tentar entender a origem da vida
não é lá muito fácil. Por mais que avancemos, sempre acabamos no mesmo lugar.
Não há muitos dados com que trabalhar para encontrar a resposta, e a Terra não
tem registro do que aconteceu bilhões de anos atrás, quando a vida estava sendo
formada. Os cientistas concordam que a vida pôde sobreviver a uma viagem de
Marte para a Terra, dentro de uma rocha expelida pelo impacto de um asteróide.
Um estudo em novembro revelou o motivo de uma pedra marciana aportar na Terra
uma vez por mês, em média. Uma idéia maluca, de que insetos simplesmente chovem
do espaço junto com a poeira de cometas, ganhou o apoio de um segundo estudo,
publicado em dezembro. Nele, os cientistas afirmam ter encontrado alguns desses
insetos espaciais na atmosfera terrestre. A maioria dos cientistas, contudo,
acredita que vida na Terra foi cozida em uma sopa de químicos pré-bióticos aqui
mesmo no planeta. Os ingredientes - água e químicos orgânicos - podem, bem, ter
vindo do espaço, mas a Terra provavelmente atuou como incubadora. A resposta
irá resultar em quão provavelmente a vida pode ter começado em algum outro
lugar, em Marte ou em torno de outra estrela.
4- Segredos lunares
Um estudo publicado em julho
mostrou que há cerca de 5 toneladas de pedras terrestres em toda a superfície
da Lua. Essas pedras contêm informações sobre a composição da jovem Terra e sua
atmosfera, e possivelmente sobre a origem da vida. A questão é que ninguém pode
afirmar que essas pedras estão lá ou podem ser resgatadas, mas os cientistas
estão otimistas. "Esse estudo nos dá uma razão para voltar à Lua, para
olhar para ela como uma janela para a jovem Terra", diz John Armstrong, da
Universidade de Michigan. "Seria o modo mais rápido e barato de aprender
sobre os anos iniciais do planeta e a formação de todo o Sistema Solar".
5- Estamos sozinhos?
Astrofísicos, astrônomos e
cosmologistas sempre olharam para o espaço procurando outros planetas que
poderiam abrigar vida. Quando foram descobertos gigantes gasosos maiores do que
Júpiter, em 2001, girando em órbita semelhante à do Sistema Solar, esses
cientistas começaram a questionar se o nosso seria padrão para tudo. E em junho
passado novos júpiters foram encontrados em órbitas similares à do nosso
Júpiter. Desde então eles vêm olhando para o céu à procura de pequenos
planetas. E um estudo estimou que há bilhões deles lá fora. Poucos duvidam da
presença de planetas rochosos girando em órbitas iguais à da Terra. Nenhuma
prova disso, contudo, deve surgir em 2004. Este é um mistério que provavelmente
não será solucionado até que uma nova geração de telescópios espaciais for
lançada. Um outro estudo publicado no ano passado diz que as chances de
existência de vida extra-terrestre em planetas semelhantes ao nosso são de 1 em
3. A maioria dos cientistas procuram vida na forma de micróbios, mas um grupo
de cosmologistas buscam sinais de vida inteligente.
6 - Sol enigmático
No ano passado, uma série de
fotografias detalhadas do Sol revelou estruturas em forma de canal saindo de
regiões brilhantes e indo para pontos escuros da estrela. As estranhas
estruturas são compostas de energia magnética e são extremamente quentes, mas
isso é tudo o que se sabe. O que as gera ainda é um mistério. "O que
acontece exatamente e porque esse tipo de estrutura é formado, nós não
sabemos", diz Dan Kiselman, que participa do estudo.
7 - Idade do Universo
Os cientistas estão de comum
acordo sobre como o Universo primevo foi formado, mas começam a questionar
quando a atual era do Cosmos começou. Dados apontavam para algo entre 12
bilhões e 15 bilhões de anos atrás, até que imagens feitas pelo telescópio Hubble,
em abril, revisou essa crença, estimando a idade entre 13 bilhões e 14 bilhões
de anos. Não dá pra dizer quando uma resposta precisa será apresentada, mas
pode-se prever a possibilidade de uma outra estimativa.
8 - Planetas desaparecidos
No ano passado, o teórico Alan
Boss, da Instituição Carnegie, de Washington, desenvolveu uma idéia radical
sobre o mecanismo de formação dos dois gigantes gelados mais distantes do nosso
Sistema Solar - Urano e Netuno. Boss sustenta que quatro grandes planetas do nosso
sistema teriam sido formados a partir de nuvens gigantescas de gás e poeira e
não de objetos rochosos, como sustentava o modelo anterior. Para sustentar sua
teoria, e também Urano e Netuno, que pelo modelo padrão nem existem mais na
órbita do Sol, Boss colocou nosso Sistema Solar em uma outra parte do espaço.
Ele escolheu uma região de intensa formação de estrelas, de modo que a radiação
ultravioleta das estrelas próximas pudesse colocar Urano e Netuno de volta aos
seus devidos lugares no nosso sistema. Está tudo muito bem, tudo muito bom, mas
os astrônomos estão muito céticos. Temos uma velha teoria que não funciona e um
nova que é, nas palavras de seu criador, uma idéia maluca. Em 2004, enquanto
alguns cientistas estiverem ocupados procurando planetas em volta de outras
estrelas, alguém vai descobrir como os planetas em nosso próprio Sistema Solar
foram criados.
9 - Vamos sobreviver a 2004?
Nenhuma notícia sobre o espaço
fez mais alarde do que a de um iminente impacto de um asteróide com a Terra, em
2019. Como se viu mais tarde, as chances disso vir a ocorrer são mínimas. Não
há no espaço nenhuma pedra em rota de colisão com o nosso planeta. Pelo menos
nenhuma que já tenha sido descoberta. Portanto, as chances de sobrevivermos em
2004 ao impacto de rochas espaciais são boas. E são boas também se uma pedra
gigantesca, capaz de causar um estrago e tanto no planeta, estiver a caminho
daqui. Os astrônomos garantem que saberemos do perigo com anos de antecedência,
se não, com décadas. O desafio para os cientistas, contudo, será começar um
esforço centralizado para encontrar pequenos asteróides e revelar seus
mistérios antes que eles caiam em nosso planeta.
Fonte: fotoblog.uol.com.br