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Theia, o planeta que formou a Lua, era vizinho do Sol

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  Teoria do grande impacto Há décadas convivemos com praticamente uma única hipótese sobre a origem da Lua: Que a Lua é filha da Terra, tendo sido arrancada quando um hipotético planeta Teia (ou Theia) chocou-se com nosso planeta. É uma hipótese complicada, com mais perguntas do que respostas, mas é a mais aceita pela comunidade científica. [Imagem: MPS/Mark A. Garlick]   Tudo teria ocorrido não mais do que 100 milhões de anos após a formação do Sistema Solar. Um enorme corpo celeste, do tamanho de Marte, colidiu com a jovem Terra, sendo destruído no choque. É claro que é uma hipótese de difícil testagem, de modo que, de onde veio e como era Teia, por que o planeta saiu de sua órbita, como a colisão se desenrolou e o que exatamente aconteceu depois são questões em aberto. O que é consenso entre os cientistas é que o impacto alterou o tamanho, a composição e a órbita da Terra, e que o impacto marcou o nascimento da nossa companheira no espaço, a Lua. Agora, rastreando a...

Telescópio Espacial Roman pode obter novas "ondas" de informação sobre estrelas da Via Láctea

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Uma equipe de investigadores confirmou que as estrelas "soam" claramente numa tonalidade que se harmonizará muito bem com os objetivos científicos e com as capacidades do próximo Telescópio Espacial Nancy Grace Roman da NASA. Esta figura mostra o Sol e várias estrelas gigantes vermelhas de diferentes raios. O futuro Telescópio Espacial Nancy Grace Roman da NASA será adequado para estudar estrelas gigantes vermelhas através de um método conhecido como asterossismologia. Esta abordagem implica o estudo das alterações no brilho global das estrelas, que é causado pelos seus interiores turbulentos que criam ondas e oscilações. Com as deteções asterossísmicas, os astrónomos podem aprender mais sobre a idade, massa e tamanho das estrelas. Os cientistas estimam que o Roman será capaz de detetar um total de 300.000 estrelas gigantes vermelhas com este método. Esta seria a maior amostra do género alguma vez recolhida. Crédito: NASA, STScI, Ralf Crawford (STScI) A natureza turbulent...

Estrelas canibais, estrelas de bósons... astrofísicos descrevem um universo tão diferente

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Pesquisadores do SISSA — em colaboração com o INFN, o IFPU e a Universidade de Varsóvia — publicaram um estudo na Physical Review D que revoluciona nossa compreensão dos primeiros momentos cósmicos. Seu trabalho explora a hipótese de um período muito breve em que a matéria dominou o Universo nascente, criando condições propícias à formação de objetos cósmicos compactos. Essa fase, embora efêmera, teria sido suficiente para iniciar processos físicos que moldaram a evolução subsequente do cosmos.   Ilustração retirada do Pixabay Durante esse período de domínio da matéria, partículas elementares teriam se agrupado em halos que, sob a influência de suas próprias interações, teriam sofrido colapso gravitacional. Esse processo teria levado à criação de diversos objetos cósmicos, desde buracos negros primordiais a estrelas de bósons, e até mesmo estruturas mais exóticas. Essas formações teriam existido por apenas alguns segundos antes de se transformarem ou desaparecerem completamente. ...

A Nebulosa da Aranha Vermelha, capturada por Webb

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Esta nova Imagem do Mês do Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA apresenta uma criatura cósmica misteriosa chamada NGC 6537 — a Nebulosa da Aranha Vermelha. Usando sua Câmera de Infravermelho Próximo (NIRCam), o Webb revelou detalhes nunca antes vistos nesta nebulosa planetária pitoresca com um rico pano de fundo de milhares de estrelas. Uma grande nebulosa planetária. A estrela central da nebulosa está escondida por uma nuvem irregular de poeira rosada. Uma forte luz vermelha irradia dessa área, iluminando a poeira próxima. Dois grandes laços estendem-se diagonalmente a partir do centro, formados por finas cristas de gás molecular, aqui coloridas de azul. Eles se estendem até os cantos da imagem. Um grande número de estrelas brilhantes e esbranquiçadas cobre o fundo, também facilmente visíveis através das finas camadas de poeira. Nebulosas planetárias como a Nebulosa da Aranha Vermelha se formam quando estrelas comuns, como o Sol, chegam ao fim de suas vidas. Depois de se e...

Webb testemunha um buraco negro supermassivo se banqueteando no Universo primordial.

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Pesquisadores que utilizam o Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA confirmaram a existência de um buraco negro supermassivo em crescimento ativo dentro de uma galáxia apenas 570 milhões de anos após o Big Bang. Parte de uma classe de galáxias pequenas e muito distantes que intrigam os astrônomos, a CANUCS-LRD-z8.6 representa uma peça vital desse quebra-cabeça, desafiando as teorias existentes sobre a formação de galáxias e buracos negros no início do Universo. A descoberta conecta os buracos negros primordiais com os quasares luminosos que observamos hoje. Esta imagem mostra a localização da galáxia CANUCS-LRD-z8.6 no enxame de galáxias MACS J1149.5+2223, tal como observada pelo instrumento NIRCam (Near-Infrared Camera) do Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA. CANUCS-LRD-z8.6 faz parte de uma classe de galáxias pequenas, muito distantes e notavelmente vermelhas chamadas Pequenos Pontos Vermelhos (ou LRDs, sigla inglesa para "Little Red Dots"), que têm sido ...

Será que o universo possui dimensões extras escondidas à vista de todos?

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Embora a existência de dimensões extras seja uma ideia interessante, atualmente não há nenhuma evidência que a sustente. Representação artística de um buraco negro curvando o espaço-tempo de acordo com a Teoria da Relatividade Geral de Einstein. (Crédito da imagem: MARK GARLICK/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)   Em 1919, o físico Theodor Kaluza levantou a hipótese de que dimensões extras poderiam resolver alguns problemas importantes da física . E embora ainda não tenhamos encontrado nenhuma evidência de algo fora do nosso espaço-tempo quadridimensional normal, ainda existem muitas opções intrigantes que valem a pena explorar. Um dos maiores enigmas da física moderna é o "problema da hierarquia". Basicamente, a força da gravidade é muito fraca . Ela é bilhões e bilhões de vezes mais fraca do que qualquer uma das outras forças fundamentais , e não temos ideia do porquê. Uma possibilidade estranha é que a gravidade consiga realizar algo especial que as outras forças nã...

O destino trágico dos planetas ao redor de estrelas moribundas

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Um estudo recente publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society revela um fenômeno surpreendente relacionado ao envelhecimento das estrelas. Ao analisar quase meio milhão de estrelas que iniciaram sua transformação em gigantes vermelhas, astrônomos descobriram que planetas gigantes orbitando muito perto de suas estrelas parecem desaparecer gradualmente. Esta pesquisa identificou 130 planetas e potenciais candidatos ao redor dessas estrelas em evolução, incluindo 33 novas descobertas. Ilustração artística de uma estrela semelhante ao Sol no final de sua vida, absorvendo um exoplaneta. Crédito: Observatório Internacional Gemini/NOIRLab/NSF/AURA/M. Garlick/M. Zamani O mecanismo responsável por essa destruição planetária reside nas forças gravitacionais de maré. Assim como a Lua influencia os oceanos da Terra, os planetas exercem uma atração gravitacional sobre suas estrelas hospedeiras. À medida que a estrela começa a inchar com a idade, essa interação se inte...

Astrônomos em Colônia desvendam o mistério de um anel cósmico

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  A estrutura de gás e poeira assemelha-se a um anel de diamante brilhante. Simulações computacionais e observações feitas a bordo do "observatório voador" SOFIA agora conseguem explicar esse formato peculiar.   Recorte de um grande mosaico obtido pelo Telescópio Espacial Spitzer e que mostra a estrutura "Anel de Diamante" no centro, estrutura esta que se situa na mais ampla região de formação estelar Cygnus X. Clique na imagem para ver a sua totalidade (nota: imagem com 12000 x 12028 e tamanho de 27,1 megabytes). Crédito: NASA/JPL-Caltech/Centro de Astrofísica | Harvard & Smithsonian Uma equipe internacional liderada por pesquisadores da Universidade de Colônia desvendou o mistério de um fenômeno extraordinário conhecido como "Anel de Diamante" na região de formação estelar Cygnus X, uma enorme estrutura em forma de anel composta de gás e poeira que se assemelha a um anel de diamante brilhante. Em estruturas semelhantes, as formações não são planas,...

Devo me preocupar com um minúsculo buraco negro atravessando meu corpo?

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  A possibilidade de um buraco negro primordial cruzar seu caminho parece saída de um filme de ficção científica de baixo orçamento, mas rendeu a um pesquisador da Vanderbilt University uma análise curiosamente séria. Esses objetos extremamente densos podem ter surgido quando o universo ainda engatinhava, em menos de um segundo após o Big Bang, e alguns cientistas sugerem que poderiam compor parte da famosa matéria-escura — o que torna o tema irresistível para quem gosta de misturar cosmologia e perguntas que não deveriam surgir durante o café da manhã.  Buracos negros primordiais, se existirem, teriam massas que vão desde algo mais leve que um grão de poeira até equivalentes a centenas de milhares de Sóis, oferecendo um catálogo tão variado que até um colecionador de selos ficaria com inveja.   Em um estudo recente publicado no International Journal of Modern Physics D, o físico Robert J. Scherrer decidiu explorar o que ocorreria se um desses objetos atravessasse o corpo...

Um telescópio no deserto olhou um bilhão de anos para trás e descobriu algo incrível

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Cerca de um bilhão de anos após o Big Bang, o universo vivenciou o período conhecido como Época da Reionização, quando os átomos neutros de hidrogênio que preenchiam o cosmos passaram a ser ionizados pela luz ultravioleta das primeiras estrelas. Um telescópio detectou um sinal vindo do universo primitivo. Crédito: HypeScience.com Porém, exatamente como começou essa transição — o que se poderia chamar de “como o universo levantou da cama” — era um mistério delicioso. Uma nova análise de mais de dez anos de observações com o rádio-telescópio Murchison Widefield Array (MWA) mostrou que esse despertar não foi gelado como muitos supunham: o aquecimento já rolava antes da festa começar. O que o MWA fez no deserto Localizado no interior da Austrália Ocidental, no observatório de rádio da Curtin University e parceiros, o MWA funciona na faixa de 70 a 300 MHz, projetado justamente para detectar a emissão de hidrogênio neutro na época remota. Os pesquisadores mineraram dez anos de regi...