Matéria invisível formou primeiras estrelas

 Cerca de 90% do Universo é composto por uma matéria que astrônomos não vêem. Material teria sido importante para o surgimento de estrelas após o Big Bang.
A misteriosa “matéria escura” -- que forma a maior parte do Universo, mas ninguém consegue ver -– pode ter tido um papel essencial na formação das primeiras estrelas e também na criação dos buracos negros, segundo astrônomos da Universidade Durham, na Inglaterra, em um estudo publicado na revista “Science” desta semana. Basicamente 90% do Universo é composto por uma matéria impossível de ser vista ou detectada, a não ser por sua interação gravitacional com os objetos celestes: a chamada “matéria escura”. Todas as coisas que sabemos que existem, das maiores estrelas do Cosmos ao computador em que você lê este texto, são feitos de matéria comum, que compõe apenas os 10% restantes. Essa matéria invisível, segundo a pesquisa, teria ajudado a formar as primeiras estrelas, de acordo com Tom Theuns, líder do estudo. Em seus primeiros momentos após o Big Bang, há cerca de 13 bilhões de anos, o Universo era composto apenas de hélio e hidrogênio. Por isso, a matéria escura foi essencial para unir esses elementos com sua força gravitacional e formar estrelas. Hoje, com milhões de outros elementos pelo Cosmos (formados, aliás, por esses primeiros astros), essa função não é mais necessária. “As estrelas se formam hoje em nuvens gigantes de gás e poeira molecular embebidas em discos de grandes galáxias como a nossa Via Lactéa, enquanto as primeiras estrelas surgiam em pequenos aglomerados de gás primordial de matéria escura, com uma massa total milhões de vezes maior que a do Sol”, comentou Volker Bromm, da Universidade do Texas, que não participou do estudo. Há duas possibilidades para a ação da matéria escura nesses primeiros momentos do Universo. Se ela era fria e lenta, formaria uma estrela por vez, geralmente de vida curta e cerca de cem vezes o tamanho do nosso Sol, em ambientes isolados. Se fosse quente e rápida, a matéria invísivel geraria enormes explosões cósmicas em longos e finos filamentos de gás que resultariam em diversas estrelas de tamanhos variados de uma só vez. Se a segunda possibilidade for a real, essas estrelas ainda devem estar brilhando em nossa galáxia.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/

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