Chandra e Spitzer revelam o jovem aglomerado Westerlund 2 no coração do berçário estelar RCW 49

No centro da imagem temos o aglomerado Westerlund 2, dentro do berçário estelar RCW49. Créditos - raios-X: Y.Nazé, G.Rauw, J.Manfroid (Université de Liège), CXC, NASA / Infravermelho: E.Churchwell (Universidade de Wisconsin), JPL, Caltech, NASA
A imagem acima é uma composição de paisagens capturadas em radiação fora do espectro da luz visível. Aqui vemos o berçário estelar RCW 49, repleto de poeira cósmica que cerca o aglomerado estelar jovem Westerlund 2. A visão em infravermelho do Telescópio Espacial Spitzer aparece em preto e branco complementando os dados da imagem em raios-X (em cores falsas) capturada pelo observatório espacial Chandra, que destaca as energéticas e quentes estrelas da zona central do aglomerado estelar.

O aglomerado Westerlund 2 e a nebulosa formadora de estrelas RCW 49 no infravermelho pelo Spitzer  

Posicionadas na direção da formidável constelação austral do Centauro, as duas visões revelam estrelas e estruturas escondidas dos telescópios ópticos pelo véu de poeira obscura.  O aglomerado Westerlund 2 tem menos de 2 milhões de anos de idade e contém algumas das estrelas mais luminosas, massivas e de curta vida da Via Láctea. As assinaturas em infravermelho dos discos protoplanetários estão também identificadas nesta região de formação frenética de estrelas. O aglomerado estelar Westelund 2 reside a 20.000 anos-luz de distância da Terra e o quadrado que marca o campo de visão do Chandra possui cerca de 50 anos-luz de lado. 

O massivo sistema binário WR20a mostra sua fúria
Um sistema binário incrivelmente massivo denominado WR20a está visível na imagem abaixo do aglomerado Westlunf 2, capturada pelo Chandra, visível aqui no ponto brilhante amarelo logo abaixo e à direita do centro do aglomerado estelar Westerlund 2.

                                                   
Aglomerado Westerlund 2 sob a visão de raios-X do Chandra

Este sistema contém duas formidáveis estrelas de Wolf-Rayet, classe espectral WN6ha com massas da ordem de 82 M☼ e 83 M☼, Os densos jatos de matéria expelidos por estas duas violentas estrelas (seus ventos estelares) colidem entre si produzindo grandiosas quantidades de radiação de raios-X. Estas colisões podem ser observadas de diversos ângulos uma vez o par binário orbita em torno do seu centro de massa a cada 3,7 dias. Há outras diversas fontes brilhantes de raios-X que evidenciam furiosas colisões entre ventos estelares em outros sistemas multiestelares massivos. As estrelas massivas afetam a formação dos demais sistemas protoplanetários, vejamos isto a seguir:

                            
 Interação entre um disco protoplanetário e uma estrela gigante classe O. Crédito: NASA/JPL

Na concepção artística acima está demonstrada uma interação perigosa entre um disco protoplanetario de uma estrela recém formada e uma quente estrela gigante azul classe O. Este sistema recém nascido corre perigo de não formar planetas uma vez que a estrela gigante tipo O está aquecendo e evaporando o material do disco. Este processo, chamado de fotoevaporação pode lever de 100.000 a um milhão de anos. Sem seu disco, a estrela não terá a capacidade de formar planetas.

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