As nebulosas como locais de formação de estrelas
A nebulosa do Cone, na verdade, é apenas uma pequena porção de uma nuvem nebular muito maior
Cortesia da NASA e STScI
Nebulosas escuras: plantando a semente
Já sabemos que as nebulosas são nuvens de baixa densidade. Também sabemos, intuitivamente, que as estrelas são objetos muito densos, Se uma nebulosa vai servir como local de formação de estrelas, os materiais básicos - partículas de poeira, hidrogênio e hélio - devem estar juntos para que sejam comprimidos em uma "bola" de matéria relativamente pequena. Na verdade, esse processo de condensação ocorre em diversas regiões nas nebulosas escuras (e igualmente nas nebulosas reflexivas, que na verdade não são mais que nebulosas escuras capazes de refletir a luz de estrelas próximas). Gravidade é a força que propele a condensação. À medida que uma bola de poeira e gás se contrai sob sua própria gravidade, ela começa a reduzir e o núcleo entra em colapso cada vez mais rápido. Isso faz com que o núcleo se aqueça e gire. Nesse estágio, o material condensado é conhecido como proto-estrela. Uma nebulosa pode conter muitas proto-estrelas, cada uma das quais destinada a se tornar um sistema estelar próprio. Algumas proto-estrelas têm massa inferior à do nosso sol. São tão pequenas que não conseguem iniciar as reações termonucleares típicas das estrelas. Mesmo imóveis, esses objetos podem apresentar um brilho discreto, porque a força da gravidade os força a continuar se comprimindo, o que libera energia. Os astrônomos definem esses objetos como anãs marrons, como uma forma de descrever seu tamanho pequeno e produção de energia relativamente insignificante. Outras proto-estrelas são maiores, com massa muitas vezes superior à do nosso sol. Essas grandes proto-estrelas continuam a se contrair, mas em lugar de apenas produzir calor pela contração, começam a converter hidrogênio em hélio, em um processo conhecido como fusão termonuclear. A essa altura, a fase de proto-estrela se encerra e uma estrela verdadeira começa a se formar. Em torno dela existe uma nuvem residual de poeira e gás - os materiais que, ao longo de bilhões de anos, podem construir um sistema de planetas e luas.
Nebulosas emissoras: nasce uma estrela
Quando uma proto-estrela se torna objeto que irradia sozinha, alimentada por reações termonucleares próprias, ela se torna uma estrela real. Caso tenha massa suficiente, a estrela pode ionizar o material nebuloso, gerando uma área de fluorescência em seu redor. A nebulosa escura, agora brilhante, se torna uma nebulosa emissora. Uma nebulosa emissora pode estar repleta de numerosas estrelas novas. Um bom exemplo é a nebulosa do Cone, em Unicórnio, uma área ativa de formação de estrelas. A nebulosa do Cone é parte de uma imensa nuvem de gás hidrogênio que abriga muitas estrelas novas, as quais variam drasticamente em brilho porque muitas continuam recobertas de nuvens e poeira. A estrela mais brilhante da nebulosa do Cone é a S Monocerotos. As nebulosas também podem surgir no local em que estrelas morrem. Na próxima página, descobriremos como isso pode acontecer.
Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/nebulosa3.htm
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