Crateras na Lua Apresentam Padrão de Material Ejetado Assimétrico

Muitas crateras de impacto na Lua apresentam uma assimetria com relação ao material que é ejetado delas. Durante os anos das missões Apollo, os cientistas da NASA usaram projéteis de alta velocidade para tentar reproduzir as condições de impacto em diferentes ângulos. Os asteroides reais que se chocam com a Lua, fazem isso a velocidades fantásticas, maior que 16 km por segundo. À medida que o ângulo entre o caminho do asteroide e a superfície se torna menor, nenhuma mudança na forma da cratera é observada até que o ângulo chegue a 15 graus ou menos. Nesses pequenos ângulos, crateras não circulares e/ou jatos com distribuição não uniforme acontecem. Crateras que mostram essas características são conhecidas como crateras de impacto oblíquo, como a cratera mostrada na imagem acima ou a cratera Messier (imagem abaixo), uma incomum cratera elíptica com um padrão de material ejetado interessante que lembra uma borboleta. Nesses ângulos de impacto baixos, o material ejetado tem mais momento na direção em que viaja o objeto que causa o impacto, o que faz com que os padrões de raios assimétricos apareçam. Nesse caso o jato de maior extensão tem direção norte-sul e o menor tem direção leste, indicando provavelmente que o objeto que se chocou com a Lua vinha de oeste.
Pode-se comparar essas crateras a outra cratera conhecida como Apollo S-IVB com 33 metros de diâmetro, mostrada abaixo. Embora a cratera S-IVB tenha uma padrão de material ejetado similar a cratera é bem maior mostrando que o objeto que colidiu com a Lua para a sua formação é muito maior. Os blocos localizados na base da cratera podem ter se formado pela tremenda pressão liberada durante o impacto, mais uma vez, só com a presença de futuros exploradores ao nosso satélite é que será possível investigar a fundo esses blocos e esses padrões de raios. No momento podemos dizer que são feições realmente muito bonitas e interessantes.
Créditos: Ciência e Tecnologia
http://www.cienctec.com.br/

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