As Galáxias extremas são bastante parecidas com a nossa
O Quinteto de Stephan é um exemplo da ocorrência de colisão entre galáxias.Crédito: NASA/JPL-Caltech/Max-Planck Institute/P. Appleton (SSC/Caltech)
Uma equipe de investigadores descobriu uma forma de saber os segredos das galáxias extremas mais remotas pela simples observação das galáxias vizinhas do mesmo tipo. Descobriram que algumas galáxias extremamente activas são até muito semelhantes com a Via Láctea. As galáxias mais longínquas estão a mais de 13 mil milhões de anos-luz de nós e as galáxias extremamente activas descobertas a distâncias da ordem dos 8 a 10 mil milhões de anos-luz estão demasiado distantes para serem estudadas com detalhe pelos instrumentos actualmente disponíveis.
As galáxias luminosas no infravermelho (LIRG) e as galáxias ultra luminosas no infravermelho (ULIRG) emitem com enorme brilho no infravermelho. O brilho no infravermelho destes objectos extremos, que são galáxias em colisão, resulta das grandes concentrações de gás quente nos seus centros. O gás quente alimenta a actividade de formação estelar ou o crescimento de um buraco negro gigante o que torna estas galáxias dez vezes mais brilhantes que a Via Láctea no infravermelho. Os resultados do estudo mostraram que mesmo na "população local" de galáxias, as galáxias extremas apresentam características intrigantes.
A astrónoma Christine Wilson e os seus colegas do Smithsonian Astrophysical Observatory usaram o Submillimeter Array sito em Mauna Kea, no Havai, para observar uma amostra representativa de 12 LIRG e ULIRG localizadas a menos de 600 milhões de anos-luz de distância. "Isto permitiu-nos obter imagens das galáxias em diferentes fases da sua evolução o que lhes permite ter esperanças de compreender melhor o processo de formação estelar e a física do gás envolvido.
O que lhes permitirá compreender, por modelação, o que se passa nos objectos mais brilhantes. Para surpresa de Wilson e da sua equipe, os LIRG e ULIRG que observaram parecem conter cerca de 100 vezes mais gás que poeiras, o que significa que têm uma composição praticamente igual à Via Láctea. "Isto sugere que estas galáxias são mais parecidas com as nossas do que poderíamos ter pensado," disse Wilson.
Fonte: Astronomia OnLine
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