Curiosidades sobre Saturno
Os anéis de Saturno são formados por uma miríade de cristais de gelo e rocha, pequenos como grãos de arroz ou grandes como uma casa. Toda a estrutura tem cerca de 275 mil quilômetros de largura, mas não ultrapassa 1 km de espessura. O brilho dos anéis é devido ao reflexo da luz nos cristais de gelo. Sua estabilidade é garantida, em parte, pelos satélites pastores, que desempenham complexas relações de equilíbrio.
Mimas, por exemplo, é responsável pela falta de matéria na divisão de Cassini, e Pan, pela divisão de Encke. A origem dos anéis não está plenamente esclarecida: caso tenham sido formados junto ao planeta não é um sistema estável e o material precisará ser reposto periodicamente, ou desaparecerão um dia.
No volume ocupado por Saturno cabem 760 Terras com folga. Porém sua massa é apenas 95 vezes maior que a terrestre, o que resulta numa densidade menor que a da água. Resultado: se fosse possível colocar o planeta numa enorme piscina ele flutuaria! A baixa densidade também pode ser confirmada por outra característica notável de Saturno: ele é o planeta mais achatado de todo o Sistema Solar. O diâmetro polar é 10% menor que o equatorial.
O mesmo fenômeno ocorre em Júpiter, mas a diferença é de 6%. Enquanto se passa um ano em Saturno, na Terra você envelheceu quase 30 anos. O planeta fica, em média, 9,5 vezes mais longe do Sol do que a Terra, por isso recebe quase 100 vezes menos luz e calor que a Terra.
Durante alguns anos acreditou-se que Titã seria a maior lua de Saturno e também de todo o Sistema Solar. Essa hipótese foi baseada em medidas feitas por telescópios na Terra, considerando a densa atmosfera de Titã. Coube à Voyager 1 devolver o título de maior satélite para Ganimedes, de Júpiter. Na mitologia grega, Saturno é Cronos, titã do tempo.
A escolha deveu-se ao fato dos povos antigos já terem percebido que a trajetória de Saturno no céu levava mais tempo que a dos outros quatro planetas visíveis a olho nu, incluindo Júpiter, filho de Saturno. Cerca de 50% de seu raio é ocupado por hidrogênio metálico líquido, que só existe sob pressões milhões de vezes superior à pressão ao nível do mar.
Acima desta camada, um invólucro de hidrogênio molecular e hélio estende-se até os limites visíveis da atmosfera de Saturno. Em Saturno, os ventos que sopram na direção leste são muito mais rápidos que o mais poderoso furacão da Terra, movendo-se com até 70% da velocidade do som.
Em nosso planeta, a proximidade com o Sol é a fonte de calor necessária à circulação dos ventos. No caso de Saturno, há uma fonte interna de calor, o que também explica porque emite o dobro da radiação infravermelha que recebe do Sol. Provavelmente conseqüência da compressão do hélio nas regiões centrais da atmosfera.
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