Estudo confirma validade da Teoria da Relatividade no espaço
Grupo de cientistas dinamarqueses mostrou que a luz se comporta como previu Einstein mesmo nos confins mais longínquos do universo
Uma equipe de astrofísicos confirmou que a teoria da relatividade geral de Albert Einstein é válida em escala cósmica, e não só no sistema solar, ao comprovar que a gravidade influi na luz procedente de longínquos conglomerados galácticos, segundo estudo publicado na edição desta quarta-feira (28) da revista Nature. Por puro acaso, esta pesquisa, que ainda precisa de confirmação, foi publicada alguns dias depois de uma descoberta que lançou dúvidas sobre a teoria de Einstein.
Aglometados estelares descobertos em agosto: estudos desse tipo de grupo de estrelas provou validade da teoria de Einstein.Foto: ESO/J. Borissova
Uma equipe de físicos detectou neutrinos, partículas elementares da matéria, deslocando-se a uma velocidade sutilmente superior à da luz, um "limite insuperável" segundo a teoria da relatividade. Muito antes deles, Radek Wojtak do Dark Cosmology Centre, da Universidade de Copenhague e seus colegas tentavam confirmar a teoria de Einstein, analisando a luz que chega à Terra de galáxias situadas nos 8.000 conglomerados, cada um dos quais é formado por milhares de galáxias. Segundo esta pesquisa, a gravidade garante a coesão dos agrupamentos, mas também influi na luz que cada uma das galáxias emite no espaço. De acordo com a teoria de Einstein, a frequência da luz diminui e seu comprimento de onda se amplia por efeito da gravidade. Como consequência disso, ocorre um desvio do espectro luminoso para o vermelho (chamado de "redshift") gravitacional, diferente do que provoca o distanciamento das galáxias. Comparando o comprimento de onda da luz procedente das galáxias situadas no coração dos conglomerados, onde a gravidade (atração universal) é mais forte, ao das galáxias situadas na periferia, a equipe de astrofísicos conseguiu medir "pequenas diferenças em seu 'redshift'", explicou Radek Wojtak. "Vimos que a luz das galáxias situadas no meio de um conglomerado demora para sair do campo gravitacional, enquanto que a luz das galáxias periféricas emerge mais facilmente", acrescentou o cientista em um comunicado. Uma vez calculada a massa de cada conglomerado galáctico, os astrofísicos usaram a teoria da relatividade geral para avaliar o "redshift gravitacional" das galáxias segundo sua posição no conjunto. Estes "cálculos teóricos" do 'redshift' gravitacional se mostraram "completamente em consonância com as observações", reforçou Wojtak. O desvio para o vermelho varia "proporcionalmente em função da influência gravitacional dos conglomerados galácticos", acrescentou. "Nossas observações confirmam, assim, a teoria da relatividade", destacou. Foram feitos testes na escala do sistema solar ou de algumas estrelas. Por enquanto, foi "comprovada a escala cósmica e isto confirma que a teoria da relatividade geral funciona", concluiu o cientista. A equipe de astrofísicos comparou os resultados obtidos com as previsões de vários modelos cosmológicos. Segundo Wojtak, há "fortes indícios da presença de uma energia escura" responsável pela aceleração da expansão do universo, mas ele não descarta que possa haver outros motivos. Segundo cálculos baseados na teoria da relatividade geral, uma energia escura de natureza desconhecida representa 72% do universo. Uma matéria escura misteriosa, invisível, constituiria 23% e teria 5% de matéria visível, formada, por exemplo, de estrelas e planetas.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br
Uma equipe de físicos detectou neutrinos, partículas elementares da matéria, deslocando-se a uma velocidade sutilmente superior à da luz, um "limite insuperável" segundo a teoria da relatividade. Muito antes deles, Radek Wojtak do Dark Cosmology Centre, da Universidade de Copenhague e seus colegas tentavam confirmar a teoria de Einstein, analisando a luz que chega à Terra de galáxias situadas nos 8.000 conglomerados, cada um dos quais é formado por milhares de galáxias. Segundo esta pesquisa, a gravidade garante a coesão dos agrupamentos, mas também influi na luz que cada uma das galáxias emite no espaço. De acordo com a teoria de Einstein, a frequência da luz diminui e seu comprimento de onda se amplia por efeito da gravidade. Como consequência disso, ocorre um desvio do espectro luminoso para o vermelho (chamado de "redshift") gravitacional, diferente do que provoca o distanciamento das galáxias. Comparando o comprimento de onda da luz procedente das galáxias situadas no coração dos conglomerados, onde a gravidade (atração universal) é mais forte, ao das galáxias situadas na periferia, a equipe de astrofísicos conseguiu medir "pequenas diferenças em seu 'redshift'", explicou Radek Wojtak. "Vimos que a luz das galáxias situadas no meio de um conglomerado demora para sair do campo gravitacional, enquanto que a luz das galáxias periféricas emerge mais facilmente", acrescentou o cientista em um comunicado. Uma vez calculada a massa de cada conglomerado galáctico, os astrofísicos usaram a teoria da relatividade geral para avaliar o "redshift gravitacional" das galáxias segundo sua posição no conjunto. Estes "cálculos teóricos" do 'redshift' gravitacional se mostraram "completamente em consonância com as observações", reforçou Wojtak. O desvio para o vermelho varia "proporcionalmente em função da influência gravitacional dos conglomerados galácticos", acrescentou. "Nossas observações confirmam, assim, a teoria da relatividade", destacou. Foram feitos testes na escala do sistema solar ou de algumas estrelas. Por enquanto, foi "comprovada a escala cósmica e isto confirma que a teoria da relatividade geral funciona", concluiu o cientista. A equipe de astrofísicos comparou os resultados obtidos com as previsões de vários modelos cosmológicos. Segundo Wojtak, há "fortes indícios da presença de uma energia escura" responsável pela aceleração da expansão do universo, mas ele não descarta que possa haver outros motivos. Segundo cálculos baseados na teoria da relatividade geral, uma energia escura de natureza desconhecida representa 72% do universo. Uma matéria escura misteriosa, invisível, constituiria 23% e teria 5% de matéria visível, formada, por exemplo, de estrelas e planetas.
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