ESO e Chile assinam acordo para maior telescópio do mundo

O acordo inclui a doação de 189 km2 de terreno em redor do Cerro Armazones para a instalação do E-ELT e a concessão durante 50 anos de uma área ao seu redor que representa mais 362 km2, indispensável para proteger o E-ELT de poluição luminosa e atividades mineiras. [Imagem: ESO/L. Calçada]

Olho no céu - Em uma cerimônia realizada hoje, 13, em Santiago, no Chile, o Ministro chileno dos Negócios Estrangeiros, Alfredo Moreno, e o Diretor Geral do ESO (Observatório Europeu do Sul), Tim de Zeeuw, assinaram um acordo relativo ao E-ELT (European Extremely Large Telescope). O E-ELT será maior telescópio do mundo. O acordo entre o ESO e o governo chileno inclui a doação de terreno para o telescópio, uma concessão de longo prazo para estabelecer uma área protegida ao seu redor e ainda o apoio do governo chileno na instalação do E-ELT. O European Extremely Large Telescope (E-ELT), com um espelho primário de 40 metros de diâmetro, é já apelidado o maior olho no céu do mundo.

Colaboração - Em Março de 2011 a montanha do Cerro Armazones, na região de Antofagasta no Chile, foi selecionada pelo ESO como o futuro local do E-ELT. O novo telescópio integrará o Observatório do Paranal, do qual fazem já parte o Very Large Telescope (VLT), o interferômetro do VLT e os telescópios de rastreio. O Cerro Paranal situa-se a apenas 20 quilômetros do Cerro Armazones e por isso muitas das infra-estruturas podem ser partilhadas entre os dois locais. O ESO e o Chile têm cooperado em muitos projetos relacionados com a astronomia, tanto a nível de instrumentação como a nível tecnológico, e também na formação de cientistas, engenheiros e técnicos, com o intuito de desenvolver cada vez mais a percepção e as competências astronômicas no Chile, uma das regiões do mundo líderes em astronomia. Os acordos começaram em 1963. O acordo inclui a doação de 189 km2 de terreno em redor do Cerro Armazones para a instalação do E-ELT e a concessão durante 50 anos de uma área ao seu redor que representa mais 362 km2, indispensável para proteger o E-ELT de poluição luminosa e atividades mineiras. Juntando-se aos atuais 719 km2 de terreno em torno do Cerro Paranal, a área protegida total em redor do complexo Paranal-Armazones será de 1.270 km2.

Tempo de observação - O governo chileno comprometeu-se igualmente a fornecer as infra-estruturas necessárias, tais como a manutenção da rede de estradas que liga os observatórios a Antofagasta, assistência na ligação do Observatório do Paranal à rede nacional elétrica a ainda assistência no estudo das possíveis soluções de fornecimento de energias renováveis. Em troca, o ESO estende a quota de 10% de tempo de observação aprovada para as propostas de observação com o E-ELT feitas por astrônomos chilenos. Pelo menos três quartos destas propostas serão atribuídas a astrônomos chilenos que colaboram com astrônomos dos países membros do ESO. Este fato favorecerá o desenvolvimento de colaborações internacionais - um elemento fundamental num mega-projeto científico destas dimensões. O E-ELT é de longe o projeto mais ambicioso do ESO. Com o começo das operações previsto para o início da próxima década, o E-ELT abordará os maiores desafios científicos da nossa época e focar-se-á numa série de descobertas inéditas notáveis, incluindo a descoberta de planetas semelhantes à Terra, que se encontrem na zona de habitabilidade de outras estrelas, orbitando assim onde a vida pode existir.
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

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