Astrônomos estudam 'replay' de erupção nas estrelas de Eta Carinae

Região chegou a formar um dos pontos mais brilhantes no céu no século 19.Parte dos ecos do fenômeno espacial chegaram somente agora à Terra.
Par de bolhas de gás ao redor de Eta Carinae são.visíveis na foto do Telescópio Hubble. (Foto: Nasa)

Astrônomos norte-americanos estudam os ecos de uma erupção estelar que tornou, entre 1837 até 1858, a estrela Eta Carinae em um dos astros mais brilhantes do céu noturno. Mais de 150 anos depois, os cientistas agora analisam sinais do fenômeno espacial que percorreram um caminho mais longo até atingir a Terra. O estudo é tema da revista "Nature" desta quinta-feira (16). Eta Carinae é, na verdade, um sistema instável composto por duas estrelas, localizadas a 8 mil anos-luz de distância da Terra -- 1 ano-luz equivale a 9,5 trilhões de quilômetros.

No século 19, um evento conhecido como a Grande Erupção fez a dupla "derramar" o equivalente a 20 massas solares durante o período de 20 anos durante o qual Eta Carinae mais brilhou no céu. Antes da erupção gigantesca no passado, a dupla chegava a pesar 140 massas solares. Para estudar o "replay", os pesquisadores aproveitaram tanto a luz visível quanto ondas eletromagnéticas em outras frequências que foram captadas por telescópios em solo terrestre.

Eta Carinae
Eta Carinae é um objeto gigantesco e distante. Não é possível de ser visto à vista desarmada, mas pode ser encontrada com auxílio de binóculo ou telescópio na constelação da Carina, situada ao lado do Cruzeiro do Sul. Seu diâmetro é de cerca de 135 milhões de quilômetros e sua luminosidade chega a ser 5 milhões de vezes maior do que a do Sol. Quando entra no período de blecaute, deixa de emitir radiação no espectro de raios X, ultravioleta e ondas de rádio. Estrelas muito grandes como Eta Carinae esgotam seu combustível muito rapidamente devido à sua grande massa e alta luminosidade.

De acordo com os cientistas, Eta Carinae pode explodir como uma supernova ou hipernova a qualquer momento.  “Quando explodir, sua morte deverá produzir uma explosão de raios gama, o tipo de evento mais energético que ocorre no Universo”,   Há 170 anos, a megaestrela entrou em sua fase terminal. Desde então sofre grandes explosões e perde matéria da ordem de dezenas de massas solares, o que aumenta temporariamente seu brilho. Em 1843, durante meses a estrela se tornou visível a olho nu em pleno dia, rivalizando em brilho com Sirius, a estrela mais brilhante do céu noturno.
Fonte: G1

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