Large Hadron Collider aquece a busca pelo bóson de Higgs

O mais poderoso colisor de partículas da história está prestes a quebrar seu próprio recorde
Resultado de uma colisão de partículas no LHC, que incluiu detritos consistentes com um bóson de Higgs
 
Segundo anunciado pelo CERN em 13 de fevereiro, o colisor nos arredores de Genebra funcionará com 4 trilhões de elétron-volts (TeV) em 2012, acima dos 3,5 TeV de 2011. (O CERN é o laboratório europeu de física que opera o LHC). O colisor acelera feixes de prótons a energias fantásticas antes de quebrá-los juntos, de frente. Essas colisões ocorrem dentro de detectores colossais que conseguem registrar nos detritos partículas de curta duração, que são raras na vida cotidiana, de baixa energia.

Com o aumento de energia do feixe e a melhoria contínua da luminosidade (a taxa de colisões), os cientistas do LHC pretendem obter três vezes mais dados de colisões neste ano que em 2011. Na busca da partícula, o prêmio maior é o esquivo bóson de Higgs, uma partícula maciça, cuja existência surge naturalmente da explicação mais aceita da razão de as partículas terem massa.

O LHC já reduziu a janela onde o Higgs pode estar escondido e pesquisadores do projeto anunciaram em dezembro ter captado um sopro preliminar tentador e, em última análise, inconclusivo da partícula. Quando o colisor for reativado em março, após o desligamento anual de verão, ele iniciará o ciclo que deveria colocar um ponto final em qualquer dúvida sobre a existência do Higgs. O ciclo terminará em novembro, quando o LHC será desligado por 20 meses, para o CERN ajustar o aparelho para ainda mais energia em execução, aproximando-o de seu máximo de energia de 7 TeV, no final de 2014 ou 2015. 

“No momento em que o LHC iniciar sua primeira longa pausa no final deste ano, nós saberemos que uma partícula de Higgs existe, ou descartaremos a existência de um modelo padrão de Higgs", divulgou Sergio Bertolucci, diretor de pesquisas do CERN, em declaração oficial. Se tudo correr conforme o plano, durante o longo recesso, os físicos do LHC terão uma descoberta nova excitante para celebrar e, é claro, implicações a ponderar.

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