Lava vulcânica esculpiu solo de Marte em passado geológico recente
Imagem em alta resolução mostrou efeito em região equatorial do planeta. Primeira vez que características geológicas foram descobertas fora da Terra.
Rios de lava esculpiram vales em Marte / Divulgação/Nasa/AFP
Rios de lava esculpiram vales em Marte, afirmaram cientistas americanos nesta quina-feira, em meio a um longo debate se a paisagem do Planeta Vermelho foi formada pela ação de vulcões ou da água. A lava deixou para trás vestígios reveladores como os encontrados em algumas partes da Terra, como na Ilha Grande do Havaí e em rios de lava perto da fenda de Galápagos, no leito do Oceano Pacífico, revelou o estudo, publicado na revista Science.
O autor principal do artigo, Andrew Ryan, da ASU (Universidade do Estado do Arizona), se concentrou nos Vales Athabasca, perto do equador marciano, e fez sua análise usando mais de 100 imagens de alta resolução enviadas pela sonda da Nasa Mars Reconnaissance Orbiter. Segundo Ryan, as grandes espirais na província vulcânica marciana Elysium, variam de 5 a 30 metros de largura e não poderiam ter sido formadas por processos relacionados com a água ou o gelo.
"É maior do que qualquer espiral de lava conhecida na Terra", afirmou Ryan, que ficou surpreso pelo tamanho, mas não pelo fato de as espirais terem escapado do olhar dos cientistas que estudaram no passado a paisagem marciana. "As espirais se tornam perceptíveis na imagem em alta resolução HiRISE (da câmera High Resolution Imaging Science Experiment a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter) apenas quando você a amplia muito", explicou. "Elas também tendem a se misturar com o restante do terreno, de cor cinza clara, isto é, até você aumentar o contraste um pouco", acrescentou. "Eu não considero surpreendente que tenham passado despercebidas no passado. Eu quase as perdi também", emendou.
As espirais, que lembram as linhas circulares da concha de um caracol, provavelmente se formaram quando rios de lava fluíram em diferentes velocidades e direções. Até agora, Ryan, aluno da Escola de Exploração da Terra e do Espaço da ASU, e seu co-autor, Philip Christensen, professor de ciências geológicas da ASU, contaram quase 200 espirais de lava na região de Cerberus Palus, e acreditam que haja mais. As espirais de lava podem estar presentes em outras províncias vulcânicas marcianas ou em canais de escoamento cobertos por feições vulcânicas.
Eu espero que encontremos algumas mais no Elysium à medida que a cobertura da imagem da HiRISE aumentar com o tempo", disse Ryan. A agência espacial americana lançou a sonda Mars Reconnaissance Orbiter em 2005 para circundar o planeta vermelho e tirar fotos que permitissem aos cientistas buscar por evidências de água em sua superfície e estudar por quanto tempo pode ter existido. A câmera da sonda conseguiu aumentar por 10 o número de locais pesquisados e agora podem identificar objetos tão pequenos quanto uma mesa de jantar, destacou a Nasa.
Fontes: Band.com / G1O autor principal do artigo, Andrew Ryan, da ASU (Universidade do Estado do Arizona), se concentrou nos Vales Athabasca, perto do equador marciano, e fez sua análise usando mais de 100 imagens de alta resolução enviadas pela sonda da Nasa Mars Reconnaissance Orbiter. Segundo Ryan, as grandes espirais na província vulcânica marciana Elysium, variam de 5 a 30 metros de largura e não poderiam ter sido formadas por processos relacionados com a água ou o gelo.
"É maior do que qualquer espiral de lava conhecida na Terra", afirmou Ryan, que ficou surpreso pelo tamanho, mas não pelo fato de as espirais terem escapado do olhar dos cientistas que estudaram no passado a paisagem marciana. "As espirais se tornam perceptíveis na imagem em alta resolução HiRISE (da câmera High Resolution Imaging Science Experiment a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter) apenas quando você a amplia muito", explicou. "Elas também tendem a se misturar com o restante do terreno, de cor cinza clara, isto é, até você aumentar o contraste um pouco", acrescentou. "Eu não considero surpreendente que tenham passado despercebidas no passado. Eu quase as perdi também", emendou.
As espirais, que lembram as linhas circulares da concha de um caracol, provavelmente se formaram quando rios de lava fluíram em diferentes velocidades e direções. Até agora, Ryan, aluno da Escola de Exploração da Terra e do Espaço da ASU, e seu co-autor, Philip Christensen, professor de ciências geológicas da ASU, contaram quase 200 espirais de lava na região de Cerberus Palus, e acreditam que haja mais. As espirais de lava podem estar presentes em outras províncias vulcânicas marcianas ou em canais de escoamento cobertos por feições vulcânicas.
Eu espero que encontremos algumas mais no Elysium à medida que a cobertura da imagem da HiRISE aumentar com o tempo", disse Ryan. A agência espacial americana lançou a sonda Mars Reconnaissance Orbiter em 2005 para circundar o planeta vermelho e tirar fotos que permitissem aos cientistas buscar por evidências de água em sua superfície e estudar por quanto tempo pode ter existido. A câmera da sonda conseguiu aumentar por 10 o número de locais pesquisados e agora podem identificar objetos tão pequenos quanto uma mesa de jantar, destacou a Nasa.
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