As luas de Marte podem ter se originado da própria superfície do planeta

Cientistas dizem ter descoberto evidência firme de que a maior lua de Marte, Fobos, é feita de pedras queimadas fora da superfície marciana, em um evento catastrófico.
A origem dos satélites de Marte, Phobos e Deimos, é um enigma de longa data. Cientistas já fizeram algumas sugestões. Uma hipótese, por exemplo, é que ambas as luas são asteróides que se formaram em um cinturão de asteróides próximos e depois foram “capturadas” pela gravidade de Marte. Observações anteriores de Phobos em comprimentos de onda visível e em infravermelho sugeriram a possível presença de condritos carbonados, encontrados em meteoritos que caíram na Terra. Os cientistas acreditam que este material rico em carbono, rochoso, que sobrou da formação do Sistema Solar, origina os asteróides do chamado “cinturão principal” entre Marte e Júpiter. Agora, um estudo recente, apresentado em Roma, tomou novas direções. Os cientistas afirmam ter descoberto uma evidência firme de que a maior lua de Marte, Phobos, na verdade é feita de pedras que partiram da superfície marciana durante um evento catastrófico.

 O material teria decolado da superfície de Marte por causa de uma colisão com uma rocha espacial, e depois se aglutinado para formar a lua Phobos. Alternativamente, Phobos poderia ter sido formada a partir dos restos de uma lua anterior destruída pela força gravitacional de Marte. Os novos dados indicam que não há semelhança entre as rochas em Phobos e qualquer classe de meteoritos condritos conhecidos da Terra, o que apóia a outra ideia, no qual as rochas da própria superfície de Marte é que se aglutinaram mais tarde e deram origem a Phobos. Os cientistas detectaram pela primeira vez um tipo de mineral chamado filossilicatos na superfície de Phobos. Os pesquisadores pensam que esse mineral se forma na presença de água, e ele já foi encontrado anteriormente em Marte, bem como outros tipos de minerais identificados na lua que também existem na superfície de Marte.

Por enquanto, a presença desse mineral é muito intrigante, já que implica a interação de materiais de silicato com água em estado líquido. Ou os materiais se formaram de outro modo, mas isso significaria que Phobos precisou de um calor interno suficiente para permitir que a água líquida se mantivesse estável. Outros fatos indicam que a nova teoria, da aglutinação das rochas da superfície de Marte, está mais correta do que a primeira, sobre os asteróides. A teoria anterior não consegue explicar a órbita quase circular e quase equatorial das luas marcianas. Além disso, a densidade de Phobos é significativamente menor do que a densidade do material meteorítico associado com os asteróides.
Fonte:Hypescience.com
[BBC]

Comentários

  1. Permita-me lhe corrigir. Nessa matéria, no terceiro parágrafo, diz que uma sonda russa vai ser enviada em 2011 para estudar Phobos. Essa sonda já foi lançada e a Rússia perdeu contato com a mesma, antes mesmo de chegar ao satélite marciano.
    Abraços!

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