Estrelas de Planck que surgem de buracos negros



Novo tipo de estrela emerge de buracos negros
Um novo estudo publicado no arXiv introduz a ideia de uma estrela de Planck resultante de um buraco negro. Esses objetos hipotéticos não são uma estrela no sentido tradicional, mas sim a massa emitida quando um buraco negro morre nas mãos da radiação Hawking. O artigo não foi revisado por pares, mas apresenta uma ideia interessante e um possível teste de observação. Quando uma grande estrela chega ao fim da sua vida, ela explode como uma supernova, o que pode fazer com que seu núcleo colapse e se transforme em um buraco negro. No modelo tradicional de um buraco negro, o material cai em um volume infinitesimal conhecido como singularidade. Claro que isso não leva em conta a teoria quântica.

Embora não tenhamos uma teoria completa da gravidade quântica, sabemos algumas coisas. Uma delas é que os buracos negros não devem durar para sempre. Por causa de flutuações quânticas perto do horizonte de eventos de um buraco negro, um buraco negro emite a chamada radiação de Hawking. Como resultado, um buraco negro irá gradualmente perder massa, uma vez que a irradia. A quantidade de radiação Hawking que ele emite é inversamente proporcional ao seu tamanho, até desaparecer por completo. Os buracos negros não duram para sempre, o que levou Stephen Hawking a propor que os buracos negros não têm um horizonte de eventos, mas sim um horizonte aparente. Isso significaria que o material dentro de um buraco negro não entraria em colapso em uma singularidade, e é nesse ponto que o novo estudo entra em cena.

Os autores propõem que, em vez de desmoronar em uma singularidade, a matéria dentro de um buraco negro vai entrar em colapso até  ficar com um trilionésimo de um metro de tamanho. Nesse ponto, a sua densidade estaria na ordem da densidade de Planck. Quando o buraco negro terminar a sua vida, uma “estrela de Planck” seria revelada. Uma vez que esta “estrela” estaria na densidade de Planck, ela iria irradiar um comprimento de onda específico de raios gama. Então, se elas existem, um telescópio de raios gama deve ser capaz de observá-la. Só para ficar claro, isso ainda é muito especulativo. Até agora não há nenhuma evidência observacional de que tal estrela de Planck existe. É, no entanto, uma solução interessante para o lado paradoxal de buracos negros.

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