NASA revela que Plutão "coloriu" sua maior lua
Caronte recebe metano que escapa da atmosfera do planeta anão
No caminho de sua aproximação máxima de Plutão, em julho de 2015, a sonda New Horizons passou por Caronte, a maior lua do planeta e aproveitou para captar algumas imagens. Um detalhe desses registros deixou os astrônomos da NASA intrigados: a mancha vermelha, quase marrom, que aparecia no topo do satélite. Não se tem notícia de algo assim nas outras luas de Plutão — Nix, Hidra, Estige e Cérbero —, tampouco no restante do Sistema Solar. Uma equipe de cientistas logo começou a estudar o estranho fenômeno e, um ano depois, chegaram à conclusão que o responsável pela coloração de Caronte é o próprio planeta anão.
Em estudo publicado nesta semana no periódico Nature, os cientistas explicam que a cor vem do metano que escapa da atmosfera de Plutão e fica preso na gravidade do satélite e congela em sua superfície. Em seguida, um processo químico faz com que os raios ultravioletas do Sol transforme o metano em hidrocarbonetos mais pesados que, por sua vez, vira um material avermelhado orgânico chamado tolina. Os astrônomos chegaram a essas conclusões a partir de análises das imagens captadas pela New Horizons, bem como simulações computadorizadas do desenvolvimento dos polos congelados de Caronte.
"As moléculas de metano se estabelecem na superfície de Caronte até que consigam escapar de volta para o espaço ou para os polos congelados, onde se congelam e ficam sólidas, formando uma camada fina de gelo de metano que dura até que a luz do Sol volte na primavera", explicou o cientista Will Grundy, da missão New Horizons, em comunicado da agência espacial americana. Ele afirma as tolinas ficam na superfície mesmo após o derretimento da camada de gelo de metano e se acumulam nos polos do satélite por milhões de anos. "Esse estudo resolve um dos maiores mistérios que encontramos em Caronte", aponta Alan Stern, o principal investigador da missão New Horizons. "A pesquisa abre ainda a possibilidade de outros planetas pequenos do Cinturão de Kuiper criarem padrões parecidos ou até maiores de transferência atmosférica para suas luas."
"As moléculas de metano se estabelecem na superfície de Caronte até que consigam escapar de volta para o espaço ou para os polos congelados, onde se congelam e ficam sólidas, formando uma camada fina de gelo de metano que dura até que a luz do Sol volte na primavera", explicou o cientista Will Grundy, da missão New Horizons, em comunicado da agência espacial americana. Ele afirma as tolinas ficam na superfície mesmo após o derretimento da camada de gelo de metano e se acumulam nos polos do satélite por milhões de anos. "Esse estudo resolve um dos maiores mistérios que encontramos em Caronte", aponta Alan Stern, o principal investigador da missão New Horizons. "A pesquisa abre ainda a possibilidade de outros planetas pequenos do Cinturão de Kuiper criarem padrões parecidos ou até maiores de transferência atmosférica para suas luas."
FONTE: GALILEU
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