Uma estrela próxima de nós está gerando um enorme planeta gelado
O ALMA, um interferômetro composto por 66 antenas de rádio, pode observar o sistema de TW Hydrae com uma precisão surpreendente. Durante seus estudos do disco protoplanetário da estrela, astrônomos conseguiram usá-lo como uma espécie de “placa de petri” protoplanetária devido à sua proximidade com a Terra (a uma distância de apenas 175 anos-luz) e seu alinhamento fortuito. O disco é quase perfeitamente na nossa frente, permitindo aos astrônomos estudarem o nascimento planetário em ação. Ao estudar dois comprimentos de onda de emissões de rádio diferentes da poeira quente no disco da TW Hydrae, diferentes tamanhos de partículas de poeira podem ser analisados.
De acordo com modelos teóricos do disco protoplanetário, se um exoplaneta bebê estiver presente, os anéis escuros incorporados no interior do disco brilhante deverá conter partículas de pó de menor dimensão do que o resto do disco. Como esperado, em pesquisas realizadas por Takashi Tsukagoshi e sua equipe na Universidade de Ibaraki, no Japão, o vácuo mais proeminente, localizado a cerca de 22 UA (22 vezes a distância entre a Terra e o Sol), contém poucas partículas grandes e é cheio de partículas de poeira menores.
De acordo com os modelos dos cientistas, se um planeta estiver se formando dentro deste anel escuro, processos de fricção estão fazendo com que partículas de poeira maiores sejam forçadas para fora do anel à medida que o exoplaneta bebê orbita a estrela. Partículas de poeira menores, no entanto, permanecem inalteradas e preenchem o anel escuro. Com esta informação, os pesquisadores conseguiram calcular a massa e a composição do provável do planeta. De acordo com seus cálculos, esta estrela parecida com o Sol está no processo de formar um exoplaneta gigante de gelo, semelhante a Urano ou Netuno.
“Combinado com o tamanho órbita e o brilho da TW Hydrae, o planeta seria um planeta gigante de gelo”, afirmou Tsukagoshi. Ao estudar este sistema de estrelas muito jovens, os astrônomos não só têm um assento na primeira fila das complexidades da formação planetária, eles estão olhando para o passado, quando o nosso sol era jovem, e vendo como alguns dos maiores planetas do nosso sistema solar provavelmente se formaram.
FONTE: HYPESCIENCE.COM
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