Hubble pinta retrato do Universo em evolução
Os astrónomos "pintaram" um dos retratos mais abrangentes da história evolutiva do Universo, baseado num amplo espectro de observações pelo Telescópio Espacial Hubble e por outros telescópios espaciais e terrestres. Em particular, a visão ultravioleta do Hubble abre uma nova janela no Universo em evolução, acompanhando o nascimento de estrela ao longo dos últimos 11 mil milhões de anos até ao mais movimentado período de formação estelar do cosmos, cerca de 3 mil milhões de anos após o Big Bang. Esta imagem engloba um mar de aproximadamente 15.000 galáxias - 12.000 das quais estão a formar estrelas - amplamente distribuídas no tempo e no espaço. Este mosaico tem 14 vezes a área do Hubble Ultra Violeta Ultra Deep Field, divulgado em 2014.Crédito: NASA, ESA, P. Oesch (Universidade de Genebra) e M. Montes (Universidade de Nova Gales do Sul)
Os astrónomos que
usam a visão ultravioleta do Telescópio Espacial Hubble da NASA capturaram uma
das maiores imagens panorâmicas do fogo e da fúria do nascimento estelar no
Universo distante. O campo apresenta aproximadamente 15.000 galáxias, das quais
cerca de 12.000 estão a formar estrelas. A visão ultravioleta do Hubble abre
uma nova janela no Universo em evolução, acompanhando o nascimento das estrelas
ao longo dos últimos 11 mil milhões de anos, até ao mais movimentado período de
formação estelar do cosmos, que teve lugar cerca de 3 mil milhões de anos após
o Big Bang.
A radiação
ultravioleta tem sido a peça que faltava no quebra-cabeças cósmico. Agora,
combinada com dados infravermelhos e visíveis do Hubble e de outros telescópios
espaciais e terrestres, os astrónomos divulgaram um dos retratos mais
compreensivos, até agora, da história evolutiva do Universo.
A imagem
atravessa a lacuna entre as galáxias muito distantes, que só podem ser vistas
no infravermelho, e as galáxias mais próximas, que podem ser vistas através de
um amplo espectro. A luz de distantes regiões de formação estelar em galáxias
remotas começou por ser ultravioleta. No entanto, a expansão do Universo
desviou a luz até comprimentos de onda infravermelhos. Ao comparar imagens da
formação estelar no Universo distante e próximo, os astrónomos obtêm uma melhor
compreensão de como as galáxias vizinhas cresceram a partir de pequenos
aglomerados de estrelas jovens e quentes há muito tempo atrás.
Dado que a
atmosfera da Terra filtra a maior parte da radiação ultravioleta, o Hubble pode
fornecer algumas das observações ultravioletas mais sensíveis baseadas em
observações espaciais.
O programa, de
nome Levantamento de Legado HDUV (Hubble Deep UV), amplia e apoia-se em dados
anteriores de vários comprimentos de onda com o Hubble nos campos CANDELS-Deep
(Cosmic Assembly Near-infrared Deep Extragalactic Legacy Survey) dentro da
região central dos campos GOODS (Great Observatories Origins Deep Survey). O
mosaico tem 14 vezes a área do Hubble Ultra Violet Ultra Deep Field, anunciado
em 2014. Esta imagem é uma porção do campo GOODS-Norte, localizado na
constelação de Ursa Maior.
FONTE: http://www.ccvalg.pt
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