Missão Juno da NASA detecta trens de ondas de Júpiter
Três ondas podem ser vistas neste trecho de uma imagem da
JunoCam tirada em 2 de fevereiro de 2017, durante o quarto sobrevoo de Juno em
Júpiter. A região imaginada nesta imagem é parte da banda visivelmente escura
ao norte do equador de Júpiter conhecido como o Cinturão Equatorial do Norte.
Crédito da imagem: NASA / JPL-Caltech / SwRI / MSSS / JunoCam
Estruturas massivas de ar se
movendo que parecem como ondas na atmosfera de Júpiter foram detectadas a
primeira vez pelas missões das sondas Voyager da NASA, durante os sobrevoos
pelo planeta em 1979. A câmera JunoCam a bordo da missão Juno da NASA na órbita
de Júpiter também tem feito imagens detalhadas da atmosfera do Gigante Gasoso.
A JunoCam tem detectado trens de ondas atmosféricos, estruturas atmosféricas
que se seguem, uma após as outras enquanto varrem todo o planeta, com a maior
parte delas concentrada perto do equador de Júpiter.
O imageador JunoCam consegue
resolver as menores distâncias entre as cristas individuais das ondas nesses
trens, melhor do que qualquer sonda ou missão que já visitou Júpiter. Essa
pesquisa fornece uma informação muito valiosa tanto sobre a dinâmica da
atmosfera de Júpiter como sobre a estrutura das regiões localizadas abaixo das
ondas.
“A JunoCam tem contado mais
trens de ondas distintos do que qualquer outra missão desde a Voyager”, disse
Glenn Orton, um cientistas da Juno no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA,
em Pasadena, na Califórnia. “Os trens, que consistem desde de duas ondas até
uma aglomeração de dezenas de ondas, pode ter uma distância entre as cristas
variando de 65 quilômetros até 1200 quilômetros. A sombra da estrutura da onda
em uma imagem permitiu que nós pudéssemos estimar a altura de uma onda, cerca
de 10 quilômetros”.
A maior parte das ondas são
vistas em trens de ondas alongados, espalhados na direção leste-oeste, com as
cristas perpendiculares à orientação do trem. Outras frentes em trens de ondas
similares, se inclinam significantemente com respeito a orientação do trem de
onda e ainda existem trens de onda que seguem uma trajetória mandrante.
“As ondas podem aparecer
perto de outras feições atmosféricas de Júpiter, perto de vórtices, ou ao longo
de linhas de fluxos, já outros trens não apresentam nenhuma relação com as
feições atmosféricas”, disse Orton. “Alguns trens de ondas aparecem como se
eles estivessem convergindo, e outros aparecem se sobrepondo, possivelmente em
dois níveis atmosféricos distintos. Em um caso, as frentes de onda parecem
estar sendo irradiadas do centro de um ciclone”.
Embora as análises continuam
sendo feitas, a maior parte das ondas devem ser ondas atmosféricas de
gravidade, ondulações que se formam na atmosfera acima de algo que perturba o
fluxo de ar, como numa tempestade, ou perturbações do fluxo ao redor de outras feições,
ou de algum outro tipo de perturbação que a JunoCam ainda não detectou.
Os instrumentos da JunoCam
são qualificados para fazer esse tipo de descoberta. A JunoCam é uma câmera
colorida que trabalha na luz visível e que oferece um campo aberto de visão, e
que foi desenvolvida para capturar imagens dos polos de Júpiter e de suas
nuvens. Ela é considerada os olhos da Juno, e ajuda a fornecer um contexto para
os outros instrumentos da sonda. A JunoCam foi incluída na sonda primariamente
para realizar um engajamento do público em geral com a missão, mas as imagens
possuem uma qualidade tão boa que estão sendo usadas com propósito científico.
A Juno foi lançada em 5 de
Agosto de 2011, de Cabo Canaveral na Flórida, e chegou na órbita de Júpiter em
4 de Julho de 2016. Até o momento ela já completou 15 passagens por Júpiter. O
décimo sexto sobrevoo da Juno por Júpiter irá acontecer em 29 de Outubro de
2018. Durante esses sobrevoos, a Juno está pesquisando o que acontece abaixo
das nuvens de Júpiter e estudando suas auroras, para poder aprender mais sobre
a origem, a atmosfera, a estrutura e a magnetosfera do planeta, tudo isso,
integrado irá contar a história de Júpiter.
O JPL gerencia a missão Juno
para o seu principal pesquisador, Scott Bolton, do Southwest Research
Institute, em San Antonio. A missão Juno é parte do Programa New Frontiers,
gerenciado pelo Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, no
Alabama, para o Science Mission Directorate. A empresa Lockheed Martin Space
Systems em Denver, no Colorado, construiu a sonda. O JPL é uma divisão do
Caltech, em Pasadena, na Califórnia.
Mais informações sobre a
missão Juno, você encontra, em:
Fonte: NASA
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