Oceano da lua Europa é salgado assim como os oceanos da Terra, diz estudo
Um
novo estudo sobre o oceano subterrâneo da lua Europa, de Júpiter, indica que
essas águas ainda tão misteriosas podem ser mais parecidas com os oceanos da
Terra do que imaginávamos. É que, de acordo com os pesquisadores, o oceano de
Europa é salgado assim como os terrestres.
O
oceano subterrâneo de Europa tem bastante sais de sulfato, sendo que tal oceano
abriga cerca de duas vezes mais água do que todos os mares da Terra reunidos.
Agora, contando com o telescópio espacial Hubble, os cientistas do Instituto de
Tecnologia da Califórnia detectaram a provável presença de cloreto de sódio por
lá — a mesma substância que compõe o sal de cozinha que usamos no dia a dia.
"Se
esse cloreto de sódio é realmente reflexo da composição interna [de Europa],
então [seu oceano] pode ser mais parecido com a Terra do que costumávamos
pensar", disse Samantha Trumbo, autora principal do estudo em questão.
Para
a descoberta, a equipe procurou sinais de cloreto de sódio na superfície de
Europa, pois a sonda Galileo, da NASA (que orbitou Júpiter entre 1995 e 2003),
avistou na época manchas amareladas ali que, em simulações posteriores, foram
analisadas como sendo uma possível fonte da substância. Então, usando o
instrumento STIS (Space Telescope Imaging Spectrograph) do Hubble, em
observações feitas entre maio e agosto de 2017, a equipe começou a
investigação.
O
STIS detectou uma característica que pode ser de cloreto de sódio irradiado, mas
essa assinatura não apareceu espalhada por toda a extensão de Europa,
aparecendo apenas no hemisfério da lua que está constantemente
"olhando" para Júpiter. A equipe diz, ainda, estar confiante de que o
cloreto de sódio em Europa vem de seu interior, com a suspeita de que sua
origem é justamente o oceano subterrâneo.
Vale
lembrar que a NASA pretende enviar, em 2023, a missão Europa Clipper a este
satélite natural de Júpiter, justamente para investigar de perto seu misterioso
oceano que fica abaixo da crosta congelada. A ideia é entender a composição de
tal oceano, bem como sua extensão, para buscar sinais de algum tipo de vida
microbiana por lá.
A
sonda chegará a apenas 25 km da superfície; então, além de estudar a geologia
de Europa e investigar seu oceano, também nos presenteará com muitas
fotografias sem precedentes deste objeto peculiar do Sistema Solar. Ainda, a
nave será capaz de voar através das plumas de água que são despejadas a partir
de fendas na superfície de Europa.
Fonte: Canaltech
Somente em 2023, vamos esperar!
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