James Webb descobre uma nova população de buracos negros supermassivos
O telescópio espacial
James Webb revelou uma população oculta de buracos negros supermassivos no
Universo primitivo. Estes objetos nunca haviam sido estudados anteriormente.
Seis imagens do James Webb mostram "Pequenos Pontos Vermelhos" no Universo primordial. Astrônomos tentam entender como esses objetos diferem dos quasares tradicionais. Crédito: NASA, ESA, CSA, STScI, D. Kocevski (Colby College)
Os quasares clássicos, núcleos
ativos de galáxias compostos por buracos negros em atividade, são conhecidos
por sua luminosidade extrema. Sua detecção é facilitada apesar da presença de
poeira circundante. No entanto, uma nova categoria de objetos, denominada
'Pontinhos Vermelhos', foi recentemente identificada.
Estes 'Pontinhos Vermelhos',
menores e menos luminosos que os quasares clássicos, são frequentemente
obscurecidos por grandes quantidades de poeira. Sua descoberta levantou
questões sobre sua relação com os quasares tradicionais e sobre a diversidade
dos núcleos galácticos ativos no Universo jovem.
Uma equipe internacional utilizou
o telescópio espacial James Webb para reexaminar objetos desconhecidos
detectados pelo telescópio Subaru no Havaí. Suas análises confirmaram a
presença de gás em movimento rápido, revelando a influência de buracos negros
supermassivos. Esses resultados, publicados no arXiv, sugerem a existência de
uma população intermediária de quasares.
Dentre 13 galáxias estudadas, 9
apresentaram sinais claros dessa nova população de buracos negros ativos.
Yoshiki Matsuoka, professor associado da Universidade de Ehime, expressou
surpresa com a abundância desses quasares obscurecidos no Universo primitivo.
Esta descoberta pode preencher a lacuna entre os quasares clássicos e os
'Pontinhos Vermelhos'.
Jorryt Matthee, do Instituto de
Ciência e Tecnologia da Áustria, destacou a qualidade dos espectros luminosos
obtidos, confirmando a atividade dos buracos negros supermassivos. Embora o
número de novos objetos seja elevado, não é totalmente inesperado, considerando
a diferença entre as duas populações conhecidas.
O que é um quasar?
Um quasar é o núcleo extremamente
luminoso de uma galáxia, alimentado por um buraco negro supermassivo. Esses
objetos estão entre os mais brilhantes do Universo, emitindo luz que pode
superar a de sua galáxia hospedeira.
Os quasares se formam quando
grandes quantidades de matéria caem em um buraco negro supermassivo, criando um
disco de acreção. Esse processo libera energia considerável na forma de luz e
radiação, tornando os quasares visíveis a distâncias cosmológicas.
Embora os quasares sejam
conhecidos desde os anos 1960, seu estudo continua a revelar surpresas. As
observações recentes do telescópio James Webb destacaram uma diversidade
inesperada entre esses objetos.
Como o James Webb está
revolucionando a astronomia?
O telescópio espacial James Webb,
lançado em 2021, foi projetado para observar o Universo no infravermelho. Essa
capacidade permite que ele veja através de nuvens de poeira e estude os objetos
mais antigos e distantes.Graças à sua sensibilidade e resolução sem
precedentes, o James Webb pode detectar galáxias e quasares que antes eram
invisíveis. Suas observações ajudam os astrônomos a entender como as primeiras
galáxias e buracos negros se formaram e evoluíram.
O telescópio também desempenha um
papel crucial na resolução de mistérios cósmicos, como a natureza dos
'Pontinhos Vermelhos'. Ao combinar seus dados com os de outros telescópios, ele
oferece uma visão mais completa do Universo primitivo.
Techno-Science

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