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Imagens reais do nosso sistema solar

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Lançada em 2009 como parte do programa Discovery da NASA, a sonda Kepler tinha a função de analisar constantemente uma zona fixa da nossa galáxia, a Via Láctea, em busca de sistemas planetários. Créditos: Destino

O caso do manto perdido

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  Detritos das colisões formadoras de planetas podem variar desde materiais sólidos a gases. O trabalho por Gabriel & Allen-Sutter (2021) sugere que as grandes colisões predominantemente formam gás, deixando para trás poucos remanescentes no Sistema Solar atual. Crédito: NASA/JPL-Caltech No início do Sistema Solar, pensa-se que planetas terrestres como Mercúrio, Vénus e a Terra se tenham formado a partir de planetesimais, pequenos planetas primitivos. Estes primeiros planetas cresceram com o tempo, por meio de colisões e fusões, para torná-los do tamanho que têm hoje.   Pensa-se que o material libertado por estas colisões violentas tenha escapado e orbitado em torno do Sol, bombardeando os planetas em crescimento e alterando a composição da cintura de asteroides. Mas a cintura de asteroides não parece conter um registo destes fragmentos de impacto, o que é um mistério que tem confundido astrónomos e astrofísicos durante décadas.   Dois investigadores da Escola de ...

O Norte encontra o Sul

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  Ao vermos esta foto podemos nos sentir um pouco confusos! Esta Fotografia da Semana captura ao mesmo tempo os Hemisférios Norte e Sul — todo o céu noturno numa única imagem — algo que seria impossível de observar na vida real.   Para criar esta imagem, os fotógrafos Petr Horálek e Juan Carlos Casado tiraram duas fotografias em observatórios localizados nas mesmas latitutes mas em hemisférios diferentes.  A metade superior da imagem foi obtida no Observatório de Roque de los Muchachos do Instituto de Astrofísica de Canarias, em La Palma nas Ilhas Canárias, 29º ao norte do equador, enquanto a metade inferior foi obtida no Observatório de La Silla do ESO no deserto chileno do Atacama, 29º ao sul do equador. Quando combinadas digitalmente, as duas imagens criam uma vista contínua abrangente do céu noturno.   Uma das estruturas mais notáveis na imagem é o traço brilhante esbranquiçado que corre verticalmente a partir do centro, para cima e para baixo. Trata-se da luz...

Cientistas confirmam como e quando será a morte do Sol

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A Terra reúne várias das condições fundamentais para a vida como conhecemos. Seja em nosso tamanho, como também em nossa distância ao Sol. Apesar disso, um tema comum da ficção científica é a colonização de outras planetas pela humanidade. Apesar de ainda ser assunto de ficção, isso está cada vez mais perto da realidade, entre avanços e contratempos. Desafios urgentes colocados para a nossa espécie, como o aquecimento global, também nos fazem questionar se tudo por aqui estaria perdido. Isto é, se não seria melhor focarmos nossos esforços em sair da Terra.   A ciência tem apontado que há esperança em nosso planeta, se mudarmos as coisas por aqui. O que nem todos imaginam, porém, é que realmente teremos que sair da Terra uma hora ou outra. E é a própria evolução do Sol que irá nos obrigar a isso. Não há motivo para pânico, contudo. Pelo menos, não agora, mas provavelmente em cerca de 1 bilhão de anos.   O Sol entre a vida e a morte A evolução de uma estrela de baixa ou m...

Buracos negros exercem pressão em suas regiões imediatas, diz estudo

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Pesquisadores britânicos descobriram que os buracos negros não são apenas termodinâmicos, mas também exercem pressão nas áreas – e corpos – ao seu redor. O estudo, desenvolvido por cientistas da Universidade de Sussex, no Reino Unido, foi publicado no jornal Physical Review D. Além de emitir volumes de temperatura, buracos negros também exercem pressão nas suas regiões mais próximas. Descoberta feita pela Universidade de Sussex, no Reino Unido, abre novas vias de compreensão do fenômeno espacial. Imagem: Elymas – Shutterstock O estudo da física em relação aos buracos negros é consideravelmente complexo: até 1974, pensava-se que eles eram objetos inertes no espaço, resultantes da “morte” de uma estrela de grande massa. Foi Stephen Hawking quem, naquele mesmo ano, descobriu que os buracos negros emitem radiação térmica, atribuindo a eles uma capacidade termodinâmica.   O estudo da Universidade de Sussex vai mais além: o professor Xavier Calmet, junto do pesquisador pós-doutorado Folk...

Um telescópio na Lua para observar a Terra

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  A partir da Lua é possível observar a interação do vento solar com a magnetosfera terrestre dinamicamente. [Imagem: Science China Press]   Telescópio para observar a Terra   O anúncio de propostas para construir dois supertelescópios na Lua, feito no mês passado, trouxe à tona outras ideias para levar a astronomia para além da órbita terrestre.   A diferença é que, desta vez, a ideia não é focar os telescópios no espaço distante, mas construir um telescópio lunar para observar a própria Terra e prever o clima espacial, preparando-nos para eventuais comportamentos cataclísmicos do Sol.   Acontece que o acoplamento entre o vento solar e a magnetosfera terrestre, que nos protege dessa radiação solar e dos raios cósmicos, é um processo dinâmico ainda pouco entendido, mas que é crucial para o clima espacial. Para entender essa dinâmica, é necessário entender os processos em escala global, o que envolve o transporte de massa e energia e o acoplamento entre as di...

Surpresa: a Via Láctea não é homogénea

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  Impressão de artista: nuvens e fluxos de gás cósmico pristino (magenta) acretam na Via Láctea, mas este gás não se mistura de forma eficiente no disco galáctico, como destacado para a vizinhança solar (ampliação).Crédito: Dr. Mark A. Garlick Astrónomos da Universidade de Genebra observaram a composição dos gases na nossa Galáxia e mostraram que, ao contrário dos modelos estabelecidos até agora, não se misturam homogeneamente.  Para melhor entender a história e a evolução da Via Láctea, os astrónomos estão a estudar a composição dos gases e dos metais que compõem uma parte importante da nossa Galáxia. Destacam-se três componentes principais: o gás inicial oriundo do exterior da nossa Galáxia, o gás entre as estrelas, no seu interior - enriquecido com elementos químicos -, e a poeira gerada pela condensação dos metais presentes neste gás. Até agora, os modelos teóricos presumiam que estes três componentes se misturavam homogeneamente por toda a Via Láctea e que atingiam um n...

Por que nem tudo no espaço tem formato redondo?

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O formato gerado pela simulação bate precisamente com o formato dos asteroides, mostrando que as teorias aceitas até agora estavam incorretas. [Imagem: OIST]   Asteroides em formato de diamante  Conforme os corpos celestes crescem, eles rapidamente assumem o formato tendendo ao esférico que vemos nos planetas e estrelas, e temos algumas boas teorias para justificar isso. Para os asteroides bem pequenos, não é difícil aceitar que eles têm seus formatos irregulares ou porque não cresceram o suficiente, ou porque são pedaços de corpos maiores que colidiram. Mas também há asteroides grandes, e só recentemente começamos a enviar sondas espaciais até eles para descobrir seus formatos reais, já que eles estão longe demais e brilham muito pouco para conseguirmos imagens com telescópios com resolução suficiente para delinear seu formato.  Assim, quando a sonda Hayabusa visitou o asteroide Ryugu para coletar amostras, e quando a sonda OSIRIS-REx fotografou o asteroide Bennu no ...

Anãs brancas que queimam hidrogénio e que envelhecem lentamente

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  Para investigar a física subjacente à evolução das anãs brancas, os astrónomos compararam anãs brancas em arrefecimento em duas coleções massivas de estrelas: os enxames globulares M3 e M13. Estes dois enxames partilham muitas características físicas como idade e metalicidade, mas as populações de estrelas que vão eventualmente dar azo a anãs brancas são diferentes. Isto torna M3 e M13, juntas, um laboratório natural perfeito no qual testar como populações diferentes de anãs brancas arrefecem. Crédito: ESA/Hubble & NASA, G. Piotto et al . Podem as estrelas moribundas deter o segredo da juventude? Novas evidências do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA sugerem que as anãs brancas podem continuar a queimar hidrogénio nos estágios finais das suas vidas, fazendo com que pareçam mais jovens do que realmente são. Esta descoberta pode ter consequências sobre como os astrónomos medem a idade dos enxames estelares.  A visão predominante das anãs brancas como estrelas inertes...

O ESO captura as melhores imagens do asteróide peculiar "osso de cachorro"

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  Com o auxílio do Very Large Telescope (VLT) do ESO, uma equipe de astrônomos obteve as imagens mais nítidas e detalhadas do asteroide Cleópatra. As observações permitiram que a equipe determinasse a forma tridimensional e a massa deste asteroide peculiar, que se parece com um osso de cachorro, com uma precisão maior do que nunca. Este trabalho de pesquisa nos dá pistas sobre como é que este asteroide e as duas luas que o orbitam se formaram. Estas onze imagens são do asteroide Cleópatra observado a partir de diferentes ângulos à medida que gira sobre si mesmo.  As imagens foram obtidas entre 2017 e 2019 em diversas ocasiões, com o instrumento SPHERE (Spectro-Polarimetric High-contrast Exoplanet REsearch) montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO. “Cleópatra é realmente um corpo único do nosso Sistema Solar”, diz Franck Marchis, astrônomo do Instituto SETI em Mountain View, EUA, e do Laboratoire d'Astrophysique de Marseille, França, que liderou este estudo sobre o asteroid...