ESO libera imagem de campo profundo que mostra o aglomerado Abell 315 e um mar de galáxias

Imagem de campo profundo liberada pelo ESO mostra o aglomerado Abell 315 e um exame de galáxias. Clique na imagem para ver as versões em alta resolução no site do ESO. Crédito: ESO/J. Dietrich

Abell 315

ESO divulgou nova imagem de largo campo que revela milhares de galáxias longínquas, entre as quais se encontra um grande grupo pertencente a um aglomerado de galáxias de grande massa Abell 315. Embora nos pareça bem denso em sua composição de objetos, este aglomerado de galáxias é apenas uma “ponta de iceberg”, por que Abell 315 é dominado pela matéria escura. Assim, a gigantesca quantidade de massa de Abell 315 desvia a luz emitida pelas galáxias de fundo, distorcendo ligeiramente seus formatos, aos nossos olhos. Quando nós observamos o céu sem instrumentos, a olho nu, vemos basicamente algumas estrelas mais próximas da nossa Via Láctea e eventualmente algumas pertencentes às galáxias anãs vizinhas. As galáxias mais distantes são bem pouco luminosas para puderem ser vistas sem telescópios, mas se as pudéssemos vê-las, elas cobririam literalmente todo o céu. ESO publicou uma imagem que cobre uma larga região no céu e ao mesmo tempo também é muito profunda, ou seja, foi obtida deixando a câmera com um tempo de exposição elevado. Assim, milhares de galáxias que se amontoam numa área do céu correspondente ao tamanho de ‘uma Lua cheia’ foram reveladas. É importante salientar que estas galáxias residem em diferentes distâncias da Terra. Algumas se encontram próximas e nestas podemos discernir seus seus braços espirais ou seus halos elípticos, que se destacam principalmente na parte superior da foto. As galáxias mais distantes surgem como pequenos pontos tênues porque sua luz viajou através do Universo durante mais de 8 bilhões de anos até chegar aqui. Começando no centro da imagem e estendendo-se para baixo e para a esquerda, uma concentração de cerca de 100 galáxias amareladas identifica um aglomerado de galáxias de grande massa, designado com o número 315 no catálogo compilado pelo astrônomo americano George Abell em 1958. O aglomerado situa-se entre as galáxias vermelhas e azuis de fraca luminosidade e a Terra, a cerca de dois bilhões de anos-luz de distância, na Constelação da Baleia.

Os aglomerados são compostos de…

Os aglomerados de galáxias são considerados as maiores estruturas do Universo interligadas pelas forças gravitacionais. Mas, estas estruturas contêm muito mais massa do que as galáxias que vemos representam. Na realidade, as galáxias contribuem com apenas 10% da massa dos aglomerados, enquanto que o gás quente existente entre as galáxias contribui com mais 10%. Os restantes 80% da massa são compostos por um ingrediente invisível (pois não interage com as radiações eletromagnéticas) e misterioso denominado matéria escura.
Fontes:ESO
(Universe Today)

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