Nebulosas

O que existe entre as estrelas, ou entre um aglomerado e outro? Esta porção do espaço é conhecida como meio interestelar, o qual é constituído de regiões de vazio (ou quase) e por regiões mais densas, formadas por gases, chamadas nebulosas. Existem vários tipos de nebulosas, classificadas através da luz por elas emitida, que é decomposta num espectro, parecido com um arco íris, e analisada. Deste modo, de acordo com os resultados, são chamadas de nebulosas: de emissão ou difusas, de reflexão, de absorção ou
escuras e planetárias, havendo ainda, os chamados restos de supernovas.

NEBULOSAS DE EMISSÃO OU DIFUSAS: este tipo de nuvem é constituído de gás, o qual emite luz devido à energia fornecida por um corpo celeste próximo, tal como uma estrela. O qual pode aquecê-lo a cerca de 10000 ° C. São geralmente muito extensas e delas as estrelas "nascem", ou seja, se formam geralmente em grupos (aglomerados abertos). O gás predominante é o hidrogênio, mas existem átomos de hélio, oxigênio, nitrogênio e neônio. Como exemplos citamos a Grande Nebulosa de Órion, as nebulosa da Lagoa e a de Trífida, em Sagitário.

NEBULOSAS DE REFLEXÃO: um exemplo deste tipo é a nebulosidade que envolve as estrelas jovens do aglomerado aberto das Plêiades em Touro, cujas estrelas iluminam o gás que simplesmente reflete a luz. Devido a essa reflexão é que enxergamos a nebulosa. A parte azul da nebulosa de Trífida é uma nebulosa de reflexão. Este tipo de nebulosa é caracterizada por absorver a luz de estrelas que se localizam atrás delas, em relação ao observador na Terra, o qual vê uma "mancha" negra no local, ou um vazio em determinada área do céu. Exemplos: a nebulosa da "Cabeça de Cavalo", em Órion e a região chamada nebulosa do "Saco de Carvão", no Cruzeiro do Sul.

NEBULOSAS PLANETÁRIAS: quando uma estrela do tamanho do nosso Sol "morre", ela produz uma formação gasosa, que recebe o nome de nebulosa planetária, denominação essa usada pelo famoso astrônomo alemão William Herschel, pela razão de a nebulosa se parecer com um planeta distante, quando observada no telescópio. Quando a estrela morre, ela ejeta parte de sua massa gasosa que se amolda à forma esférica da estrela que a produziu. Alguns exemplos são a nebulosa do Anel, em Lira; a nebulosa de Áquila; a de Hélix, em Aquário; a do Olho de Gato, em Dragão e a nebulosa da Bolha de Sabão, em Vulpécula.

Nebulosa do Lapis
RESTOS DE SUPERNOVAS: como o próprio nome sugere, este tipo de nuvem é gerado pela explosão de uma estrela, fenômeno esse chamado de supernova. Quando isso ocorre, os gases existentes na estrela são expulsos violentamente, para todas as direções, de forma irregular, tal como uma bomba aqui na Terra. O resultado é uma nuvem esparsa, amorfa e brilhante, devido à alta energia expelida na explosão. Três exemplos ilustram o modelo: a nebulosa do Caranguejo, em Touro, cuja explosão foi avistada pelos chineses em 1054, durante o dia; a nebulosa do "Véu de Noiva" em Cisne; e a nebulosa da Vela.
Fonte:cdcc.usp.br

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