Meteoros pequenos ameaçam mais que os grandes

Se você preocupa-se com corpos celestes que possam cair sobre nossa atmosfera, vamos fazer um esclarecimento. Quando falamos em asteróides, as grandes ameaças não são as grandes pedras. Pelo contrário; astrônomos explicam que os maiores danos na Terra, se acontecerem, são causados por pequenos meteoritos. Acredita-se que tenha sido esse o caso do chamado “Evento de Tunguska”, que aconteceu em 1908. Na ocasião, uma gigantesca bola de fogo foi avistada no céu, seguida por maciça e desconhecida explosão. O impacto arrasou uma região da Sibéria (Tunguska é o lago onde supostamente teria caído o meteoro), felizmente desabitada, e cientistas crêem ter sido o impacto de um meteorito. A teoria não é unânime por falta de provas concretas: não foi achada nenhuma cratera no chão que pudesse indicar exatamente o ponto em que o meteoro caiu, e suposições semelhantes ainda são motivo de discussão. Um dos aspectos que tornam os pequenos meteoros é o fator surpresa. São mais difíceis de detectar, e causam destruição desproporcional às previsões. E esse fenômeno não é tão raro quanto parece: ano passado, uma ilha da Indonesia foi alvo de um meteorito que causou um impacto equivalente a uma explosão de 110 toneladas de TNT. A cada 12 anos, em média, é registrado um evento como esse na Terra.
O mecanismo de tais meteoritos é o que os americanos chamam de “air buster”. Ao invés de causarem impacto ao cair no chão, explodem no ar e amplificam sua devastação (este é o princípio, por exemplo, da bomba atômica), mas por sorte os maiores incidentes, até hoje, aconteceram em áreas quase desabitadas. Os cientistas afirmam que, estatisticamente, nosso próximo contato com um corpo celeste será dessa maneira. Resta torcer para que não caia no meio de uma cidade.

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