Uma Grande Bola de Estrelas
O Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA virou seus poderosos olhos em direção a essa compacta coleção de estrelas observada pela primeira vez há 174 anos atrás. O resultado é uma imagem brilhante da NGC 1806, onde dezenas de milhares de estrelas estão ligadas gravitacionalmente nesse rico aglomerado. Normalmente chamados de aglomerados globulares a maior parte desses objetos são muito antigos tendo se formado em um passado distante quando o universo tinha somente uma fração da idade que tem hoje. O NGC 1806 localiza-se dentro da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da nossa Via Láctea. Ele pode ser observado dentro da constelação de Dorado (o golfinho), em uma área do céu que é melhor vista do hemisfério sul da Terra.
O NGC 1806 foi descoberto em 1836 pelo astrônomo inglês John Herschel. Ele tinha viajado para a África do Sul com a finalidade de catalogar objetos astronômicos melhor vistos das latitudes do hemisfério sul e assim terminar o trabalho começado pelo seu pai William, o homem que criou o termo “aglomerado globular”. Usando um grande telescópio John Herschel vasculhou o céu cuidadosamente e anotou os objetos de interesse, dos quais o NGC 1806 era um deles. No mesmo ano que documentou o NGC 1806 ele também visitou o naturalista Charles Darwin após o HMS Beagle ter parado na Cidade do Cabo. Darwin mais tarde se referiu a John Herschel como sendo um dos nossos grandes filósofos.
O Wide Field Channel da Advanced Camera for Surveys do Hubble foi usado para obter essa imagem que foi criada a partir de imagens feitas com os filtros azul (F435W colorido em azul), amarelo (F555W, colorido em verde) e infravermelho próximo (F814W colorido em vermelho). O tempo de exposição foi de 770s, 720s e 688s respectivamente e o campo de visão foi de 3.1 por 1.9 minutos de arco. com certeza até mesmo Herschel que fez grandes contribuições para as ciências tanto a astronomia como a filosofia, ficaria imensamente impressionado com o brilho e com os detalhes obtidos nessa imagem pelo Hubble.
Créditos: http://cienctec.com.br/wordpress/?p=5647
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